junho 30, 2009

Os nossos filhos e as gracinhas que eles fazem

Sempre que leio um blog, vira e mexe as autoras postam gracinhas que seus filhos fizeram ou falaram, aff, como é que eu não vou postar aqui as gracinhas que as crianças daqui de casa fazem????


Ai vai:



Gigi Chanel pegando uma fresca...
um ar condicionado pra lá de chique.


(ela mesma entrou na geladeira, quietinha, levei um susto quando já ia fechar a porta)












E quem disse que gato não tem etiqueta????

Frederico Dior, educadamente, sentado no sofá








É ou não é uma gracinha????

junho 21, 2009

O Sorriso de Monalisa

Sorriso emblemático, misterioso e enigmático mostrado no quadro pintado por Da Vinci, mas há há muito tempo alguns sorrisos, ou tipo de sorrisos têm me incomodado muito.

São aqueles tipos de sorriso que nunca saem da boca. Sabe aquele tipo de gente que vive rindo? O tempo todo? Fala rindo, canta rindo, chora rindo, tudo rindo????

É o caso da Sandy por exemplo, aquilo me irrita de uma tal forma, a moça nao consegue sequer demonstrar qualquer outra emoção que não a do sorriso. Ela chega a ter uma fala estranha, a voz nao ecoa direito, pois o som sai boca a fora, sem qualquer entonação, qualquer interjeição, nada.

Ai, nos deparamos com aquela boca enorme, cheia de dentes, falando de forma esganiçada, ai, um horror.

Outro que está na mesma lista é o padre Marcelo Rossi. Ele apesar da boca pequena, não para de rir, fala rindo, "Erguei, as maos, e dai gloria a Deus" canta rindo.

Ainda bem que essas celebridades televisivas não atuam no campo da dramaturgia, Thank God!
Só me faltava essa agora, ter uma atriz sorridente, apenas sorridente.

E eu fico aqui, só sorriso.

junho 18, 2009

Pra não dizer que não falei das flores ou bomba no cu dos outros é refresco


"Se eu estou nesse cano, não posso me calar. Refiro-me a fatos que já foram mencionados por alguns dos leitores deste blog em seus comentários sobre a última postagem: a Parada do Orgulho Gay de São Paulo, as estarrecedoras violências reais e simbólicas que ameaçaram seus participantes e a bomba de fabricação caseira lançada contra alguns deles. Trinta pessoas ficaram feridas.


Mas, antes de comentar estes fatos, quero lhes contar algo que aconteceu comigo ano passado e que está, de certa forma, relacionado a eles. Na Parada do ano passado, por causa de trabalhos, eu não pude ir a São Paulo participar da celebração (este ano aconteceu a mesma coisa). Fiquei no Rio de Janeiro e, às 13h daquele domingo, fui almoçar num restaurante em companhia de amigos.

O restaurante fica em Ipanema e é freqüentado quase só por gays e lésbicas. Ao lado da mesa que escolhemos, havia uma ocupada por um grupo de cinco mulheres heterossexuais na faixa dos 35 aos 45 anos. Elas estavam tão entretidas em sua conversa pública sobre aventuras e desventuras amorosas que mal notaram nossa presença. Não sei por que uma delas, em meio a um testemunho, citou a palavra “gay”.

Só sei que, na hora, eu suspendi ainda mais minhas antenas. Outra delas lembrou, então, às demais, que, naquele momento, estava acontecendo, em São Paulo, a Parada do Orgulho Gay, ao passo que uma terceira – loira de tinta e com expressões congeladas por botox – fez cara de nojo e disparou: “Se eu pudesse, eu jogaria uma bomba para matar todos de uma vez”. Ninguém me contou, eu vi e ouvi.


É possível que alguns de vocês já conhecessem alguém que já expressou semelhante fantasia genocida ou já tenham ouvido falar de alguém que a expressou sem cerimônias: a vontade de promover a morte dolorosa e em massa daqueles que são diferentes, nosotros. Hoje, depois da Parada do último domingo, graças ao noticiário, todos nós conhecemos alguém que saiu da fantasia genocida e partiu para a prática; lançou realmente a bomba sobre os diferentes; e, se não conseguiu matar tantos quanto queria, foi porque não dispunha de tecnologia que lhe permitisse construir uma bomba de destruição em massa... Não se enganem: quem joga uma bomba de fabricação caseira sobre seres humanos que festejam, lançaria também uma bomba nuclear.


Mas, para mim, tão chocante quanto este crime perpetrado contra os participantes da Parada foi a maneira como o Jornal Nacional cobriu este fato. É preciso mais que nunca desmascarar a mentalidade, visão de mundo ou ideologia que está por trás do aparentemente isento, neutro ou objetivo discurso do Jornal Nacional. Não há nada de neutro ou objetivo no discurso do Jornal Nacional ou de qualquer jornal. O discurso de qualquer jornal é sempre uma interpretação dos fatos. E os fatos podem ter mais de uma interpretação ou podem ser visto de diferentes ângulos. É preciso que a gente saiba disso para que não engula certas interpretações como verdades absolutas.


Em sua cobertura sobre a bomba jogada contra os homossexuais, o Jornal Nacional escolheu apenas um "especialista" em comportamento humano para avaliar a atitude do criminoso. E este “especialista”, em sua fala para o telejornal de maior audiência no horário nobre, defendeu que o crime pode não ter sido motivado por homofobia, mas, sim, por algo como um simples estresse, como aqueles que levam às brigas no trânsito. Pois é, eu tive de viver para ouvir tamanho absurdo, para dizer o mínimo... Bomba no cu dos outros - de nosotros - é refresco!
Se, em vez de jogar a bomba contra a passeata gay, o criminoso tivesse lançado o artefato sobre a marcha de evangélicos ou mesmo sobre os participantes do show que comemora o aniversário de São Paulo, a avaliação do tal especialista seria a mesma? E a cobertura do Jornal Nacional seria a mesma? Por que ninguém se estressa com a marcha de evangélicos nem com o show da virada na Avenida Paulista?



Ora, porque em nenhum destes eventos está em jogo a representação e a manifestação, logo, a visibilidade de uma minoria social construída e tratada historicamente como “pecadora”, “pária”, “doente”, “degradada” e “corruptora dos valores da família” além de silenciada. Ainda que haja “viados” e “sapatões” na marcha evangélica ou entre os foliões do show da virada, estes não estão celebrando o orgulho de serem homossexuais nem reivindicando direitos civis para o coletivo do qual fazem parte, ao contrário. Logo, não há razão para se jogar uma bomba sobre eles, não é mesmo?


Só um genocida em potencial ou cínico em último grau de gravata, batina ou avental não admite que o que motivou o criminoso a jogar a bomba sobre a Parada de São Paulo foi homofobia – aversão e ódio injustificado e irracional por homossexuais. Por que não admite? Para não fortalecer os argumentos de nosotros em nossa reivindicação por uma lei que criminalize a homofobia e nos proteja de violências dela decorrentes?


Não há “promiscuidade” ou “devassidão” praticada por alguns homossexuais em sua celebração durante a Parada que justifique alguém lançar uma bomba contra eles. Do contrário, deveríamos suspender os carnavais de rua do país, pois, o que não falta, neles, são “devassidão” e “promiscuidade” praticadas pelos foliões. Os excessos de alguns participantes da Parada e os descaminhos que esta vem trilhando podem (e devem!) ser alvo de um sério debate entre nosotros, não de bombas de fabricação caseira ou de violências verbais lançadas por locutores, comentaristas, padres e pastores hipócritas. Sexo – ainda que algumas de suas manifestações escandalizem os caretas, hipócritas e falso-moralistas – é vida.



Tentar matar quem celebra a vida e fomentar a violência contra eles são crimes! "


Jean Wyllys




Retirado do site: http://bloglog.globo.com/jeanwyllys/

junho 17, 2009

Condicionadores 2 em 1

Depois que a gente casa, simplesmente a gente e as outras pessoas esquecem da gente.

Digo isso porque depois que me 'ajuntei' com o namorado, isso já tem 1 ano, a gente parece que deixa de ser indivíduo e passa a ser casal, viramos uma terceira coisa, tipo aquels condicionadores 2 em 1!

Nem tanto pelas nossas atitudes oriundas da nossa personalidade baseadas em escolha e preferência, mas porque os outros, os amigos, simplesmente somem, e se justificam dizendo que não querem atrapalhar o casal, aquele ser 2 em 1.

Agora sou um 2 em 1 e tenho que viver as agruras e maravilhas dessa nova situação que me impuseram.

Ser 2 em 1 é:

- nunca estamos sozinhos, só no banheiro, ás vezes, isso quando uma das partes entra dizendo que é urgente o uso coletivo.
- temos sempre com quem contar, dividir contas, esquentar os pés nos dias frios, elogiar a comida que vc fez, etc
- saber fazer concessões, ver aquele filme chato de super-herói num domingo à noite, última sessão é uma delas.
- ter memória de elefante, lembrar do que tá faltando na dispensa e que a outra parte curte comer.
- ter com quem dividir tarefas chatas, como faxinas, organização da casa,
- receber provas de afeto e afeição, suquinho de laranja feito na hora é uma delas.

Mas também...

- esqueçam os programas individuais nos finais de semana, ninguém te chama pra mais nada!
- esqueçam os chopps intermináveis com os amigos no meio da semana!
- as noitadas dançando com estranhos amáveis e pés de valsa
- os gastos excessivos com pequenos luxos, roupas, bolsas, make-ups...
- viagens em grupo, excursões de estudantes...
- tomar suas próprias decisões sem ter que dar satisfação. Isso definitivamente é passado.
- e pior, a cada dia que passa, o celular deixa de ser um telefone e passa a ser uma coleira! rs

Dessa forma, lutemos para serem nós mesmos e sermos indivíduos sobretudo, gosto tanto de mim, subjetiva, hedonista, inteira. Sou eu, sem precisar de uma outra parte para fazer sentido o nós.

Nós não é uma terceira coisa, o tal 2 em 1, nós é apenas um arranjo baseado em escolhas, a minha e a da outra parte.