abril 05, 2007

Poesia cantada

Tenho baixado algumas preciosidades, uma delas de autoria de Nelson Cavaquinho, a Flor e o Espinho, me vi nela...

Poesia cantada da melhor qualidade, onde o compositor revela o erro de não estar preparado para viver um novo amor porque no fundo ele ainda não curou outras dores.

Ele sofre com suas mazelas mas se encanta com alguém, tem vontade de curar as feridas antigas com o frescor de um novo amor, mas não dá certo, então ele chega a conclusão que não pode se curar através de outro alguém, é inútil tentar.

Ele passa a ser espinho daquela Flor (o tal novo amor), termina tudo, machuca, magoa e se joga na lama. Tenta embriagar-se com o que há de pior dos mundos a fim de neutralizar uma dor latente na alma.

A lama ameniza mas não cura, é pura enganação, mas é emergencial.

A cura só com remédio e cada um tem o seu.

Outrora eu era a Flor, mas tenho mto medo de me transformar no Espinho de alguém. Ser consciente sobre o que sente e ter responsabilidade com o que a gente cativa no outro deve ser uma constante... difícil fazer, mas necessário e no mínimo digno.






A Flor E O Espinho

Composição: Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito, Alcides Caminha

Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor

Eu so errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua

Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor

Eu so errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua

É no espelho que eu vejo a minha magoa
A minha dor e os meus olhos rasos d'agua
Eu na sua vida já fui uma flor
Hoje sou espinho em seu amor

Eu so errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua
Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Que eu quero passar com a minha dor

Um comentário:

4rthur disse...

Se a onda é essa, Hi, tenta baixar o disco inteiro Os Quatro Grandes do Samba (1977), com Candeia, Guilherme de Brito, Nelson Cavaquinho e Elton Medeiros. Um clássico.

ps - senti sua falta outro dia, quando achei que ia te ver... e pelo visto nem valeu tanto assim, né?