maio 03, 2007

Papo sério

É sabido que para muitas mulheres, principalmente as mulheres sexualmente ativas pré-revolução sexual, chegar ao orgasmo era raro. Não se sabia o que era sexo com prazer, isso era desconhecido, escondido e era coisa de puta.

Nesse contexto, na sociedade brasileira despontam programas de TV e rádio que passam a exercer uma tarefa bem maior do que entreter seus expectadores, passaram então a dialogar pedagogicamente sobre temas considerados tabus até então.

O programa Malu Mulher apontava para o problema da violência doméstica assim como alguns quadros de outros programas de cunho jornalístio debatiam temas como sexo, relacionamentos, DST, crianção dos filhos etc... a sexóloga Martha Suplicy e a jornalista Marília Gabriela traziam assuntos de extrema relevância que viravam pauta, abrindo os olhos de algumas mulheres as vezes na forma de choque comportamental, mas era necessário para que a sociedade se movesse, fosse menos hipócrita.

Hoje caminhamos (ainda estamos longe do ideal) para uma sociedade mais igualitária quanto as questões de gênero, lutamos contra violência, contra diferenças salariais (os homens ganham mais que as mulheres desempenhando a mesma função) e pela igualdade no que se refere à liberdade sexual. Ainda hoje vemos mulheres se culpando (e se auto-flagelando) porque sexo não foi bom... herança de um passado (ou presente?) onde a mulher servia o homem e era apenas um depósito de seu tesão descontrolado.

A mudança vem chegando e acredite, vejo em minha volta homens que entendem e aplaudem tais evoluções, afinal de contas deve ser deveras difícil para um determinado grupo possuir tamanha responsabilidade... Não sei se sou eu a sortuda, mas me relacionar com homens sensíveis e modernos têm me mostrado que a sociedade caminha para a melhora das relações de gênero onde os papéis serão divididos por resposabilidades e não mais por diferenças de gênero, não importa se é homem ou mulher, não há melhor ou pior, apenas pessoas diferentes com objetivos comuns.

Moral da história: é muito mais inteligente dividir papéis, trabalhos, responsabilidades, assim todos saem ganhando uma vez que nos tornamos pessoas mais inteiras e plenas.

O lema é: Dividir para reinar

2 comentários:

4rthur disse...

Exato. E deixemos os sexismos para as piadinhas politicamente incorretas em mesas de bar (que, tanto para um lado quanto para o outro, podem ser bem divertidas... desde que se limitem a ser piadas).

Diogo Lyra disse...

Hi, assino embaixo.