março 17, 2008

Jogos de poder

Dia desses um amigo recém separado me pega para desabafar e pedir conselhos amorosos.

Diz que conheceu alguém no carnaval, e que foi maravilhoso, viveram momentos mágicos, mas que logo depois, a moça diz que não está querendo se envolver pois tinha sofrido muito com a separação do ultimo relacionamento, ele então conta que estava mais ou menos no mesmo sentimento, pois era casado e havia se separado fazia poucos meses.

A moça então, sai de cena.

Ele sente falta dela e pergunta os amigos homens o que fazer. Esses dizem que é pra ele dar um tempo, se fazer de difícil e não procurá-la nem tão cedo, pois ela não tinha dado valor as reais intenções dele e tal.

tsc, tsc, tsc, fui logo falando pra ele que estava fazendo tudo errado.

Terminar um namoro é uma coisa, mas terminar um casamento é algo mto mais doloroso, dolorido, e profundo, quando ele contou pra moça em questão que era casado, e que estava se separando ela logo viu um baita problemão em sua frente, provavelmente, dúvidas, inseguranças, e ninguém quer virar psicóloga de plantão de marmanjo carente.

Fui logo contando pra ele a visão feminina da coisa e falei para ele procurá-la de forma sutil, um torpedinho ou email engraçadinho. E foi o que ele fez.

E era pra ele ficar atento a tônica da resposta da moça, se ela respondesse prontamente e fosse tb bem humorada, ele estaria no lugar certo.

Se a companhia dela era boa, ele deveria conquistá-la com cuidado, aos poucos, se deixar conhecer, e ouvi-la, prestando atenção em quem era aquela...

Assim ele fez.

Nem preciso dizer que ele acertou, deu certo e hoje estão muito bem obrigado, estão se conhecendo, sem neuras, sem pressões, sem fantasmas do passado, apenas caminhando dia a dia, se divertindo, e aproveitando a companhia um do outro.

Assim, de forma leve, mais um casal fica a parte de todo jogo amoroso que circunda as relações humanas de honra e poder.


Ponto final.

março 12, 2008

Edredon vermelho só em dias de frio

Fui assinante da revista TPM (trip para mulheres) durante uns anos, isso porque amo dois jornalistas que escrevem nela, o Xico Sá, que sempre cito aqui no blog, e também a Nina Lemos, que faz parte do 02 Neurônio e tem uma coluna na Trip, além de fazer algumas entrevistas centrais.

A Nina é meio antropóloga, amaria fazer o trabalho dela, se vai falar de funk, ela se mete num baile, se vai falar de moda, vai a desfiles, se vai falar de festa de casamento, se mete em festas de casamento e por ai vai, conhece personagens, narra histórias e dá cor ao que antes poderia ser sem brilho e vida.

Pois bem, a revista de vez enquando cria alguns temas centrais e seus colaboradores e reporteres devem escrever a luz da tal tematica... e uma delas uma vez foi sobre a dor.

Nesse sentido, vários profissionais colaboraram com o tema, alguns falaram da dor da morte, outros da dor de cabeça e a cura da enxaqueca, outros falaram da dor de ficar sem uma perna, e tantos outros falaram das suas dores...

A Nina e o Xico, dois solteirões convictos falaram sobre a dor da perda de um amor, da morte de um amor.

A Nina narra sua história falando da perda de um namorado que termina tudo com ela do nada, simplesmente tava tudo indo mto bem, até que ele chega com a novidade, ela estava amarrada nele, fazia planos como qq mulher faz... e dai conta de uma maneira sui generis sobre sua dor e como tentou lidar com ela.

Ela não saiu do sofá, e ficava embaixo de um edredon vermelho, quando comia, pedia uma pizza pelo telefone, as caixas vazias se amontoavam em volta do sofá, ela sofria, via tv sem prestar mta atenção, chorava até que um dia parou, as lágrimas tinham chegado ao fim, mas a dor continuava, abria os olhos, lembrava, doía, ai que dor... e chorava, ou choramingava.

Uns amigos entraram na casa dela num movimento de resgate da amiga triste e a levaram para uma festa, ela foi, usando uma micro saia, fez sucesso, mas doía mesmo assim. Mesmo se sentindo cobiçada, nao tava nem aí... a dor estava lá. Até que um dia o edredon no sofá da sala ficou lá parado e sem sentido, deu uma boa faxina na casa e no coração, e voltou a luta. O edredon vermelho enfim, ficou guardado no armário, de onde nunca deveria ter saido.

Em contrapartida, do outro lado da página estava a crônica do Xico Sá contando da perda de uma namorada, que ele tava de 4, gata toda vida, bom sexo, linda de morrer, deixou ele maluco, mas por algum motivo, a vida nao sorria mais pra ele, e a gata pulou o muro e foi embora. Ele ficou maluco, sofreu mto, e caiu na lama. Isso, macho quando sofre bebe, dança, beija e trepa muito. Encontra alívio nos braços de outras amantes, pagas ou não-pagas, mas todas sem a mínima importância... O macho junta os amigos, não fala no assunto, não desabafa, não critica, não faz análise, não ta nem aí, seu remédio é o sexo, é a putaria, e o entorpecimento, seja pela bebida, pela droga ou pelo sexo, ou por todas as essas coisas reunidas. rs...

Muito engraçada essa visão do sofrimento de dois solteiros sendo analisada através dos gêneros, homem e mulher, tão diferentes e tão parecidos, todos sofrem, mas assumem o sofrimento de maneiras distintas. Eu tenho um edredon vermelho, comprei faz tempo, e já fiquei deitada embaixo dele sofrendo por um ex-namorado que me machucou demais, lembrei do artigo da Nina e reli, era eu lá sofrendo, nao comi tanta pizza, e minha sorte é que eu ainda morava com os meus pais, que me faziam companhia, e além disso, tinha começado a fazer análise, o que me ajudou a entender a lógica do sofrimento da perda de um amor, devemos viver a morte dele, velar o defunto (o amor), e depois enterrar, fazer missa de 7 dia, e por ai vai, até que um dia , vc so vai lembrar dele no dia de finados... até que um outro morto entre no lugar dele.

Meu ultimo morto me fez sofrer, mas diferente de antes, não tirei o edredon do armário, alias, tirei sim, levei pra lavanderia e mandei lavar a seco, isso, assim, ele estaria preparado para ser dividido com outro amor, quando o inverno chegar e meus pés frios precisarem de companhia.

março 02, 2008

Insanidades da estrela do jornalismo

Hoje estava assistindo GNT, e passava o programa apresentado pela Ingrid Guimarães e o tema era consumo. Para isso, ela convidou duas mulheres que são conhecidas pelo seu consumismo.


Uma dessas mulheres foi a Glória Maria, ex-apresentadora do Fantástico. Sinceramente, a cada palavra proferida me dava medo.

Aquela mulher diz tomar 60 comprimidos todas as manhãs. A pele dela estava opaca, e não havia rugas, nem brilho, parecia uma máscara perfeita elaborada depois de um bom photoshop.

Dai, na hora me veio a imagem do Michel Jackson, e é isso, a Glória Maria é a nossa aberração.

Ela não quer envelhecer, ela não diz a idade, nem chega a falar no assunto. A Terra do Nunca é lugar habitado por ela. Socorro.

Ela teve a coragem de dizer que vive no vermelho, e o dinheiro que ela ganha não dá! Vc´s acreditam nisso?


Tal como o Michael Jackson, a nossa Glória tem as suas excentricidades...