Hoje, vindo para o trabalho, dentro do famoso 996 (Charitas- Gávea), passando perto do Sambódromo, dia lindo, super azul... dentro do ônibus lotado, me encontrava sentada ao lado de um sujeito com uma cara de ser super interessante (tipo roqueiro, uma cara mais velho, parecia uma figura saída de um movimento contra-cultura dos anos 70), engarrafamente gigante, escutava uma música linda (não me lembro o nome) cantada por Bethânia (minha companheira mais fiel nas idas e vindas da vida), olhei para o lado através da janela e vi um carro parado.
Carro tipo popular, com uma mulher no volante e um bebê sentado no banco de trás naquelas cardeirinhas especiais sabe?
Na mesmo hora me bateu um sentimento enorme de solidão, de vazio, mas ao mesmo tempo uma necessidade de cuidar de alguém... de ser imprescindível na vida de alguém.
Percebi que nesses anos todos que me dediquei a pessoas que foram embora, e fui sim talvez imprescindível na vida dessas pessoas enquanto a paixão durava, às vezes durava mais, às vezes durava menos... e constatei que sempre gastei e investi minhas energias em vão, meus sentimentos, meu tempo, minha paciência... enfim
Na realidade, a vida é assim? Para a nossa formação como pessoa e ser humano é necessário que passemos por essas etapas? E essas dependem da nossa dedicação total e exclusiva? É uma espécie de preparação para a vida adulta? não sei...
Só sei que uma sensação esquisita me veio naquele momento no engarrafamento, uma vontade de cuidar e de ajudar a contruir alguém, colocar minhas energias em algo que vá crescer, frutificar, e fazer me sentir num futuro (distante) que minha tarefa foi cumprida, como ser humano, como mulher, como alguém que cresceu.
Será que quando temos um filho nunca mais nos sentimos sozinhos?
Será que filho realmente é pra vida toda?
Será que não cansa de se dispor tanto em prol de alguém que pode não compartilhar dos mesmos valores que você?
NÃO, não está nos meus planos engravidar, ter filhos, meu hamster acabou de morrer, ainda estou em luto! rs
bjos
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