maio 31, 2006

É sobre-humano amar...

Num momento de avaliações, introspecção extrema, pensamentos, dilemas, solidão... uma amiga, a parceira indissolúvel do Fabinho, a Aline, me mandou essa música...


MAIS SIMPLES

É sobre-humano amar
você sabe muito bem
É sobre-humano amar, sentir,
Doer, gozar
Ser feliz
Vê quem sou eu quem te diz
Não fique triste assim
É soberano e está em ti querer até
Muito mais
A vida leva e traz
A vida faz e refaz
Será que quer achar
Sua expressão mais simples?
Mas deixa tudo e me chama
Eu gosto de te ter
Como se já não fosse a coisa mais humana
Esquecer
É sobre-humano viver
E como não seria
Sinto que fiz esta canção em parceria
Com você
A vida leva e traz
A vida faz e refaz
Será que quer achar
Sua expressão mais simples?



Fiquei pensando sobre a que é ser sobre-humano... o significado e o signo da palavra.

Sobre-humano é ser sobrenatual, é ser dotado de uma extraordinariedade sim... é aquilo que vai além da natureza humana. Só nós humanos temos essa capacidade, só nós amamos por amar, sem motivo, sem interesse, nos entregamos porque o outro é e ele existe, enfim...

Por que complicar?

Por que o medo? Medo de sofrer? Medo porque corremos o risco de perder o ser amado? E se a gente se entrega ao amor já sabendo que não teremos o outro pra gente? Faria diferença?


Pergunta que não quer calar: POr que na nossa cultura, ou sociedade, o amor está ligado ao sentimento de posse?


Por que simplesmente não exercitamos o desapego?

POr que sempre temos que possuir? Possuir coisas, sapatos, carros, livros, pessoas??????

Queria não ser de ninguém, queria poder não ter vontade de ter alguém, queria ser livre.

Conversando com duas amigas do trabalho, uma delas, minha chefe, disse uma coisa que me pareceu muito sábia,

"A LIBERDADE É SOLITÁRIA"

e completou dizendo que para ela a liberdade é sinônimo de autonomia...

Não estar preso a nada, nem família, nem relacionamento, nem emprego, nem contas, começar do zero, com mil possibilidades na frente, ser e fazer o que bem quiser... seria um sonho, no entanto...

Eu queria sim experimentar essa liberdade autônoma, mas ao mesmo tempo, como deixar de lado o dom sobrenatural de amar?

E queridos, sim eu aprendi a amar e me doar por amor, tive muitos bons professores, começando pelos meus pais e familiares, que sempre se dedicaram a mim de uma forma maravilhosa, e terminando com uns alguéns que passaram pela minha vida, pelo meu coração, uns fincaram bandeira nele, estão lá até hoje, outros apenas passaram, ficaram algum tempo e foram embora como ciganos...

É, digamos que em matéria de sobrenaturalidade, eu sou uma das boas, "vejo espíritos", "escuto vozes", rs... mas gostaria mesmo de ter o dom da advinhação, para saber quem deixar entrar, quem amar, quem me entregar... e saber por outro lado quem está querendo mesmo se estabelecer em meu território, me amando, e me dedicando tempo e sentimento, sem posse, sem desejo de territorialidade.

Um comentário:

Anônimo disse...

meu... belissimo....
he maravilhoso.....