setembro 10, 2006

a verdadeira jornada das almas

Nesse fim se semana me deparei com profundos questionamentos sobre amor, amar, ser amado... e medo

Acabei de assistir o filme Jornada da Alma (maravilhoso por sinal) e me fez pensar sobre as diferentes formas de amor... o filme conta a história de dois pesquisadores que investigam a vida de Sabina Spielrein, que quando adolescente foi tratada pelo dr. Jung e por ele se apaixonou.

Na realidade o médico se vê apaixonado pela paciente, ela meio que com uma ar pueril vê o amor de forma simples e intensa. O Dr Jung preso às regras morais de etiqueta da época(repressão do desejo, sexo, etc) desconhecia o sentimento de entregar-se sem limites, sem medos, a uma paixão.

E, fiquei pensativa. Esse assunto já havia sido pauta em algumas conversas minhas com diferentes pessoas...

o M E D O de amar, de ser amado, de se decepcionar, de ser decepcionado, de cobrar e ser cobrado, etc, etc, etc... é muito comum. Depositar confiança no outro é ainda um dilema.

mas como viver plenamente uma relação se tudo for calculado, estipulado, resguardado? E onde ficam os sentimentos livres e inusitados? Onde fica a autenticidade do sentimento?

Acredito que o medo faz parte, mas devemos enfrentá-lo. Como se fossemos andar de montanha russa tendo medo de altura e velocidade. Porque no fundo vale a pena! Porque no fundo, mesmo quando não dá certo, há algum aprendizado, e as feridas, que são consequências comuns cicatrizam sempre. Claro que pode acontecer uma quelóide, mas nada que um bom creme a base de rosa mosqueta não resolva (rs...)

Olho para traz e me vejo hoje uma pessoa muito melhor depois de cada relacionamento que tive. Aprendi com cada um que passou pela minha vida, e hoje mais do que nunca me vejo aprendendo, me desenvolvendo cada vez mais. É uma forma de lapidação, para que fiquemos mais limpos, brilhantes e reluzentes.

Acreditar no "pra sempre" mesmo tendo consciência que ele pode não acontecer com o namorado atual é imprescindível para viver intensa e plenamente uma grande história de amor, fazer planos, jogar limpo, ouvir e tentar compreender, agir com honestidade, dividir sonhos e objetivos são essencias para que saibamos o que é viver a dois. Sexo, corpo, dividir espaço físico é consequência das interações das almas.

Por isso eu acredito mesmo, que o amor é sim a verdadeira mola propulsora da jornada das almas!

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