janeiro 18, 2007

O rio por onde a vida passa

Sempre ouvi essa música "Pra rua me levar" na voz da Bethânia, mas nunca prestei mta atenção na mensagem, no entanto hoje sentada sozinha no ônibus indo para o trabalho percebi o quanto me identifico com ela, o quanto ela transmite e revela o meu momento...

Viver o nosso momento, trocando passos com a solidão... não que seja ruim, mto pelo contrário, uma solidão proposital, uma escolha que a gente faz para que se possa investir a nossa energia em outras coisas que não seja relacionamento, que não seja o outro.

A gente aprende a se bastar, a gente aprende a não se precipitar, a não forçar uma situação de intimidade com o outro, porque sempre que uma relação é forçada simplesmente não se tem possibilidade para criar raiz.

No entanto, tudo que a música diz é que essa solidão é uma parte do aprendizado, é quando se volta para si próprio e se enxerga sem lentes cor de rosa mas com uma de aumento, é quando vemos onde erramos, e de forma tranquila e com muita serenidade traçamos o nosso futuro, prestando atenção no volume das águas do rio por onde a vida passa.

Pra Rua Me Levar

(Composição: Ana Carolina / Totonho Villeroy)

Não vou viver
Como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho onde eu vou
Às vezes ando só trocando passos com a solidão
Momentos que são meus e que não abro mão

Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora

Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você

É, mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar
Coisas minhas talvez você nem queira ouvir

2 comentários:

Diogo Lyra disse...

Olá menina, te achei por aqui e resolvi dar um alô!

Anônimo disse...

é uma pena que essa moça, a (argh!) carolina, não se contente em ser compositora. esses momentos são assim mesmo...