janeiro 10, 2008

Sinal de cura

As vendedoras das lojas que vc mais gosta te ligam, é tempo de liquidação, vc tenta encontrar motivos para comprar aquele vestido, aquela bolsa, ou aquela calça , ou, ou , ou que vc namorou tanto e por algum resquício de sensatez vc nao comprou...

Você evita sair de casa, já não anda mais com o talão de cheques, o cartão de crédito é inevitável pois é o mesmo do cartão do banco (e se rolar uma emergência?), mas aí não tem jeito, as amigas vendedoras te ligam, e a tentação bate a sua porta, literalmente.

Quando essas te conhecem fica pior ainda, pq sabem o seu gosto, a sua cor favorita, ate o seu manequim, o seu peso, ai ai ai
"Olha, vou deixar aqui separado pra vc, dai vc vem e experimenta, sem compromisso"

Aí mora o perigo, ela te conhece e provavelmente vai acertar, praticamente ela enfia a mão no seu bolso, pega o dinheiro que vc nem tem, parcela tudo, e vc paga por algo que vc nem precisava!

E assim, o consumo desenfreado se perpetua, e toma-lhe contas e parcelamentos...


Uns poucos dias antes do Natal, fui andar na Moreira Cesar com minha irmã, quem é de Niterói ou conhece alguém daqui sabe do que eu estou falando, pois bem...
andando com minha irmã entrei em algumas lojas, experimentei um vestido lindo, que era a minha cara, e depois experimentei uma sandália que combinaria perfeitamente, mas me segurei, chamei minha irma na hora para ir nas Lojas Americanas, enfim, comprei um TV de Tela Plana que eu realmente precisava para a casa nova.

Colocando tudo na ponta do lápis, o valor da TV foi o mesmo da sandália + vestido.

Ou seja, estamos dando mto valor a bens não-duráveis, e me pergunto até que ponto comprar por comprar nos leva a ter melhor qualidade de vida, conforto e segurança para o futuro.


Quem pode, pode
e quem parcela, não pode!

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