Fico me questionando... como saber se já estamos namorando??? O que é esse lance de ficar, de ter rolo ou peguete????
Tenho uma amiga que está de quatro por um sujeito que ela vem ficando desde antes do carnaval, o cara liga pra ela toda semana, passa torpedo, dormem juntos, um love total. Mas eles insistem em manter distância um do outro, na rua, nada de andar de mãos dadas, no cinema, nada dele pagar a entrada dela, ou a pipoca... nem é pela grana, queria deixar bem claro, mas pela gentileza do gesto. Porque pagar cinema para a mulher pode ser interpretado como um compromisso (será?)
Na minha opinião, os dois estão namorando ha tempos mas insitem em negar os fatos. Estão gostando de estar juntos, estão curtindo um ao outro, mas por reservas, medos ou seja lá o que for, não assumem nada, um fica com medo de pagar paixão pro outro.
Acho que nessa história todos saem perdendo.
Antes os caras fugiam era de compromisso de casamento, será que hoje as pessoas fogem de compromisso de namoro? Será que tem tanto biscoito fora do pote que ninguém quer passar tempos comendo um só tipo? Será que nos tornamos tão substituíveis a ponto de não querer se comprometer com ninguém porque uma outra pessoa pode surgir e bate a arrependimento de já ter feito uma escolha?????
Sinto falta dos namoros de antigamente.
Mesmo que não tenha vivido intensamente esse tipo de relação, sinto falta de saber minha condição, até porque quando eu estava namorando eu sabia muito bem qual era o papel que deveria ser exercido por mim.
Tudo tinha um sabor especial, uma aflição, uma gastura gostosa, da paquera, do olhar, do bilhete escrito demoradamente, ou da poesia escrita cheia de rimas...
Saber quais eram os papéis exercidos por ele, quais deveriam ser exercidos por mim tinha a sua vantagem. Gostava mesmo da fase da paquera muito antes da língua se encontrar dentro da minha boca, (apesar de eu ver sim, vantagens num rolo, num ficante, numa relação descompromissada, cada um com o seu momento né?! não estou aqui pra julgar ninguém, rs).
Posso parecer piegas... mas fazer o que?
Sinto falta sim da pegunta "quer namorar comigo", " quer ser minha namorada" enfim... perguntas que viraram chacotas, mas que eu continuo vendo uma beleza nostálgica nelas...
Gosto das coisas assim, vistas de formas mais concretas e estabelecidas, sou adepta às classificações, relações mais harmônicas... mais integradas.
Acho que quando os sinos batem, a gente percebe que o outro é importante, ou pode vir a se tornar bem especial, então como dispensar? Como deixar pra la? Como deixar de ter prioridade sobre o ser amado????
A idéia de pertencimento, mesmos que seja utópica é reconfortante, deixa a gente mais tranquila, mais confiante e assim faz com que nos sintamos a vontade de se jogar dentro da relação.
Uma vez usei uma determinada metáfora para explicar isso, eu costumo dizer que o relacionamento é um barco, se o sujeito coloca o pé dentro eu tomo coragem e coloco também, se é pra embarcar de vez e colocar os dois pés, eu coloco também, dai o barco pode navegar pra onde o vento levar...
É isso, é o querer do mesmo jeito, com a mesma intensidade... encontrar alguém que tope embarcar no tal barco, e partir... sem se importar quando, onde, como... apenas ir pra onde o vento quiser.
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