outubro 28, 2006

As escolhas que temos que fazer

Nesses últimos dias venho pensando sobre o tema ESCOLHAS.

Como é difícil ao longo da nossa vida fazer as escolhas, como é complicado não ter alguém seguro, alguém responsável pela gente que nos dirá o que fazer, onde ir, o que vestir, o que estudar, quando parar ou quando começar qualquer coisa.

Como é pesado ser responsável por nós mesmos, tomar as decisões, fazer escolhas, e ter o compromisso conosco (e com os outros) de acertar.

Escolher e ter que acertar é um pesadelo.

E vejo que com o passar dos anos fica cada vez mais complicado. Percebo que muitas vezes arcamos pelas escolhas erradas, e por algum motivo nos fizeram seguir o rumo oposto à nossa vontade, mas que naquela hora parecia o certo a fazer, a decisão mais coerente, o que a sociedade e família esperavam da gente.

Percebo amigos em carreiras que não têm nada a ver com eles, vejo casamentos mantidos baseados na aparência, pessoas que nutrem relações de amizade (da mais pura e singela) com seus maridos, esposas... porque não querem ter o trabalho de fazer novas escolhas, tomar novas decisões, e aí percebo pessoas jovens que carregam o fardo da conseqüência das suas escolhas erradas.

Sim, a conseqüência de uma escolha errada é um fardo que a gente carrega pelo resto da vida.

Quem disse que escolher a nossa carreira profissional deveria ser aos 17 anos?
Quem disse que depois de namorar o mesmo rapaz ao longo de anos, o namoradinho da adolescência é o cara certo pra casar?

Tudo muda.

Nossos gostos, nossas vontades, a nossa identidade vai se formando... Eu, por exemplo, me encontro hoje com 28 anos e estou longe de ter a certeza da decisão do casamento, por mais que eu esteja apaixonada, não estou pronta e ponto final. (essa não é uma questão pra mim). No entanto, quanto a questão profissional foi acertada, levar mais tempo para decidir me ajudou, fazer a escolha da carreira aos 19 anos me ajudou a ter maturidade para saber o que realmente eu queria.

Acho que o que devemos fazer é deixar as obrigações pesadas de lado e tentar encontrar leveza nas decisões que temos (e não podemos protelar) que tomar.

Se errar, errou.
Se falhar, tenta-se dar um jeito.

O que não podemos permitir é que cada passo que daremos nas nossas vidas tornem-se fardos, obrigações, e caminhos sem volta.

Sempre há volta, uma placa de retorno, ou um aviso de que você está no caminho certo.

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