Hoje pude perceber e entender o porquê dos altos cachês que as modelos ganham.
A convite de uma amiga, passei o dia num estúdio de fotografia do jornal O Globo, a pauta era sobre pessoas que vestem tamanhos normais, 42...44... topei fazer. Era pra sair num caderno de moda e como eu sou total fashiondescontrol topei fazer na hora!
Mas sinceramente, é mto sofrimento... primeiro que acordar cedo é um sofrimento só... depois aquela sensação que vc será avaliada, pessoas colocarão a mão em vc que vc nem imagina quem sejam, além de ter confiança absoluta na produtora de moda que irá te vestir com peças que vc nem sonha que existam... mas eu sou corajosa e paguei pra ver!
Cheguei cedo como combinado, o maquiador e cabelereireiro chegaram logo depois, tive a preocupação de levar algumas peças da coleção atual da Sacada, minha loja favorita...
Os profissionais olham pra vc com olhar clínico, vc é apenas um modelo, um corpo, um produto. Não interessa muito o que vc gosta, o que vc curte, o que importa é o que fica bem, e a produção dá-se início.
É um puxa daqui, aperta dali, lápis no olho, abre-fecha-olha-pra-cima, agora olha pro lado... mil produtos no cabelo, na pele, no pescoço, uma outra pessoa começa a refletir no espelho.
Me desconheço.
Mas gosto da outra opção.
Duas em uma, uau. E a outra é mais produzida, mas com a inteligência da primeira (a que chegou lá de cara lavada)
Vesti a roupa indicada... fiquei bem.
Agora é hora de posar. Perna pra cá, rosto pra lá, olha pra frente, olha pra luz, vira, segura a bolsa, passo pra frente, passo pra trás.
Ajeita o cabelo, mais pó na cara.
Mais luz.
Troca a roupa.
Ajeita o cabelo, pó na cara...Perna pra cá, rosto pra lá, olha pra frente, olha pra luz, vira, segura a bolsa, passo pra frente, passo pra trás.
Foram três "looks".
Ajeita o cabelo, pó na cara...Perna pra cá, rosto pra lá, olha pra frente, olha pra luz, vira, segura a bolsa, passo pra frente, passo pra trás.
Cansei. Mas gostei da novidade... agora estou arrasada de cansaço, com uma maquiagem perfeita e sem ânimo algum pra levar a nova modelo pra passear na balada...
Se eu tivesse vida de modelo, com certeza seria daquelas bem tristes, que não podem beber e comer por causa do peso, além de não ter forças pra mais nada.
Viva a vida das gordinhas felizes e inteligentes!
Já tô com saudades da outra Hilaine, sinceramente... Jája vou lá lavar a cara e comer um Sundae no capricho!
junho 22, 2007
junho 20, 2007
A tal fase do Chá de panela
Estranho essa coisa de fases da vida...
Tinha um tempo que todos perdiam os dentes de leite ao mesmo tempo, era todo mundo aparecendo no colégio com as tais janelinhas abertas, motivo de zoação, aceitação no grupo e brincadeira, perder o dente da frente era sinal que se estava tornando mais velho (coisa que naquela época era o must!)...
depois, no meio das meninas... a gente esperava a primeira menstruação e todas davam dicas umas as outras, o melhor absorvente, se já tinha vasado, como tinha sido, de noite, de dia... no colégio, o dilema de por ou nao OB (naquela época ainda éramos virgens aos 11 ou 12 anos e o medo de perder o cabaço para o tal OB era uma constante, rs)...
todas ficámos menstruadas na mesma época, as mais tardias sofriam, pois demorariam mais para serem mulheres plenas... as que ficavam mais cedo viravam referência, se enchiam daquele ar de sabichonas e davam dicas...
depois disso ou na mesma época... era o drama de eliminar a BV (boca-virgem), todas tínhamos que ter tido a experiência do primeiro beijo, a mágica de paquera pré-adolescente que tomava conta dos nossos assuntos mais interessantes e que faziam com que gastássemos horas ao telefone, para desespero dos nossos pais...
As tais fases continuam ao longo da vida, e pertencemos a grupos que compartilham dessas tais fases...
Apesar de não estar propriamente casada, mas me sentindo como se fosse, vejo que na atualidade compartilho da fase dos chás de panela, ou open house (para os mais moderninhos).. são vários casais de amigos, hétero ou gays, parentes, amigos do tempo do colégio... amigos mais recentes, todos promovendo os tais eventos caseiros, num momento a mulherada se reúne para pintar a noiva, no outro o casal recebe em petit comité os amigos mais queridos para passar a tarde de comer e bebes regado com petit fours, sanduichinhos e belisquetes...
É o rito de passagem para mais uma nova fase: de solteiro para casado. Uma espécie de compartilhamento da alegria do começo de uma vida a dois... expectativas para uma nova vida, que com certeza os levará para novas fases, as do pimpolhos provavelmente, ai seremos um monte de casadas, parindo os primeiros rebentos na mesma época, até que eles cresçam e impliquem um com o outro... começando assim um novo clico... seremos então participantes de outras fases, das nossas e das deles...
Tinha um tempo que todos perdiam os dentes de leite ao mesmo tempo, era todo mundo aparecendo no colégio com as tais janelinhas abertas, motivo de zoação, aceitação no grupo e brincadeira, perder o dente da frente era sinal que se estava tornando mais velho (coisa que naquela época era o must!)...
depois, no meio das meninas... a gente esperava a primeira menstruação e todas davam dicas umas as outras, o melhor absorvente, se já tinha vasado, como tinha sido, de noite, de dia... no colégio, o dilema de por ou nao OB (naquela época ainda éramos virgens aos 11 ou 12 anos e o medo de perder o cabaço para o tal OB era uma constante, rs)...
todas ficámos menstruadas na mesma época, as mais tardias sofriam, pois demorariam mais para serem mulheres plenas... as que ficavam mais cedo viravam referência, se enchiam daquele ar de sabichonas e davam dicas...
depois disso ou na mesma época... era o drama de eliminar a BV (boca-virgem), todas tínhamos que ter tido a experiência do primeiro beijo, a mágica de paquera pré-adolescente que tomava conta dos nossos assuntos mais interessantes e que faziam com que gastássemos horas ao telefone, para desespero dos nossos pais...
As tais fases continuam ao longo da vida, e pertencemos a grupos que compartilham dessas tais fases...
Apesar de não estar propriamente casada, mas me sentindo como se fosse, vejo que na atualidade compartilho da fase dos chás de panela, ou open house (para os mais moderninhos).. são vários casais de amigos, hétero ou gays, parentes, amigos do tempo do colégio... amigos mais recentes, todos promovendo os tais eventos caseiros, num momento a mulherada se reúne para pintar a noiva, no outro o casal recebe em petit comité os amigos mais queridos para passar a tarde de comer e bebes regado com petit fours, sanduichinhos e belisquetes...
É o rito de passagem para mais uma nova fase: de solteiro para casado. Uma espécie de compartilhamento da alegria do começo de uma vida a dois... expectativas para uma nova vida, que com certeza os levará para novas fases, as do pimpolhos provavelmente, ai seremos um monte de casadas, parindo os primeiros rebentos na mesma época, até que eles cresçam e impliquem um com o outro... começando assim um novo clico... seremos então participantes de outras fases, das nossas e das deles...
junho 18, 2007
Vida suburbana
Fazer campo é uma coisa engraçada, no início tudo é novidade, a gente percebe tudo, as novidades gritam aos nossos olhos e todas as referências são no mínimo... interessantes.
Estar em um lugar totalmente diferente, apesar de próximo a minha cidade natal está sendo uma experiêcia incrível, o mais engraçado é que toda o referencial suburbano (que a maioria dos meus amigos têm verdadeiro horror) passou a fazer parte do meu cotidiano, meus ouvidos estão se acostumando com os latidos incessantes dos cachorros, além de passar a entender os funks cantados a todo momento, ou vizinhos religiosos que colocam suas canções evangelistas bem alto, talvez na tentativa de converter os outros vizinhos (eu, por exemplo)
É isso, tem dia que acordo com funk, tem dia que acordo ouvindo hinos religiosos.
Não tem como fechar as janelas, pois essas vivem fechadas, o som simplesmente entra e faz parte da sua vida. Vc está lá, fazendo parte daquele bioma cultural intenso e barulhento.
Ontem, eu e meu companheiro de todas as horas acordamos, e ficamos assustados (senão preocupados), eram 10h da manhã e nenhum cachorro latia, nenhuma música tocava...
será dia santo? será que os meus amigos de 4 patas tiram folga aos domingos? o que estava havendo?
Colocamos uma bossa-nova, Elis Regina cantava e tomamos café-da-manhã... domingo tranquilo, pão fresco, suco de laranja feito na hora, ficamos na maior preguiça e lemos o jornal ainda deitados... não, não parecia estar no subúrbio... até que, pontualmente, ao meio-dia, uma fumaça e um cheio de churrasco invade a casa pela área da cozinha...
Corro pra janela pra ver o que era aquilo, simples, uma churrasqueira improvisada estava montada e em cima dos tijolos "umas carne" estavam sendo queimadas, crianças se banhavam na piscina de plástico e o povo estava lá, feliz tomando cintra, a cerveja da galera.
Sim, apesar de toda bossa-nova, jornal na cama e suquinho de laranja feito na hora especialmente pra mim, eu estava lá e fazia parte, o subúrbio invadia minha casa e não havia incenso que desse jeito.
Recolhemos a roupa da corda, nos arrumamos e partimos pra longe dali.
Estar em um lugar totalmente diferente, apesar de próximo a minha cidade natal está sendo uma experiêcia incrível, o mais engraçado é que toda o referencial suburbano (que a maioria dos meus amigos têm verdadeiro horror) passou a fazer parte do meu cotidiano, meus ouvidos estão se acostumando com os latidos incessantes dos cachorros, além de passar a entender os funks cantados a todo momento, ou vizinhos religiosos que colocam suas canções evangelistas bem alto, talvez na tentativa de converter os outros vizinhos (eu, por exemplo)
É isso, tem dia que acordo com funk, tem dia que acordo ouvindo hinos religiosos.
Não tem como fechar as janelas, pois essas vivem fechadas, o som simplesmente entra e faz parte da sua vida. Vc está lá, fazendo parte daquele bioma cultural intenso e barulhento.
Ontem, eu e meu companheiro de todas as horas acordamos, e ficamos assustados (senão preocupados), eram 10h da manhã e nenhum cachorro latia, nenhuma música tocava...
será dia santo? será que os meus amigos de 4 patas tiram folga aos domingos? o que estava havendo?
Colocamos uma bossa-nova, Elis Regina cantava e tomamos café-da-manhã... domingo tranquilo, pão fresco, suco de laranja feito na hora, ficamos na maior preguiça e lemos o jornal ainda deitados... não, não parecia estar no subúrbio... até que, pontualmente, ao meio-dia, uma fumaça e um cheio de churrasco invade a casa pela área da cozinha...
Corro pra janela pra ver o que era aquilo, simples, uma churrasqueira improvisada estava montada e em cima dos tijolos "umas carne" estavam sendo queimadas, crianças se banhavam na piscina de plástico e o povo estava lá, feliz tomando cintra, a cerveja da galera.
Sim, apesar de toda bossa-nova, jornal na cama e suquinho de laranja feito na hora especialmente pra mim, eu estava lá e fazia parte, o subúrbio invadia minha casa e não havia incenso que desse jeito.
Recolhemos a roupa da corda, nos arrumamos e partimos pra longe dali.
junho 04, 2007
Sumiço daqui, de lá, de todo lugar
Queridos... é isso.
Estou sumida porque estou em meio a caixas de papelão, embrulhos, cabides e muita poeira.
Mudança não é mole e sair da casa dos pais é ainda mais trabalhoso, abrir o armário de uma vida e tirar tudo de lá de dentro dá um trabalho enorrrme.
É muita coisa pra se jogar fora, há muita coisa para se doar... enfim... por isso não há tempo e inspiração para postagens, mas continuo visitando os blogs amigos, assim me divirto através das histórias alheias, hehe
beijos coelhenses...
Hi
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