fevereiro 28, 2008

A essência dos ensinamentos de Buda

As 5 lembranças


"Tenho a natureza daquilo que envelhece
Não há como escapar da velhice

Tenho a natureza daquilo que adoece
Não há como escapar da doença

Tenho a natureza daquilo que morre
Não há como escapar da morte

Tudo aquilo que me é caro e todas as pessoas que amo,
têm natureza daquilo que muda.

Não há como me separar delas"

fevereiro 23, 2008

A necessidade básica de se ter uma lavadora de calcinhas

É, a pessoa que vos escreve não curte afazeres do lar... principalmente no que diz respeito a lavar calcinhas e peças íntimas como sutiãs, anaguas, meia-calça...

Daí, ha tempos eu tenho babado por uma lavadora pequena, chamada Brastemp Eggo, uma mini-lavadora para peças íntimas... custa 500 reais... e todos acham e me julgam, dizendo que é um luxo, que hiper caro, que sou fresca, bla, bla, bla

Paguei pra ver, me mudei, deixei a empregada da casa da mãe pra trás, e ja faço um parenteses: é o que mais tem me dado saudades do inferno que é se morar com os pais.

Entao, já fazendo uma semana que moro sozinha, o número de calcinhas crescia no cesto. Resolvi colocar tudo de molho no sabão em pó, 6 calcinhas no total.

No dia seguinte, tudo manchado.

Simples, a moça aqui, colocou 5 calcinhas brancas e uma roxa tudo junto, unidas feito irmas siamesas...

resultado, eu tenho uma calcinha roxa limpa e outras 5 calcinhas estampadas de lilás. Um verdadeiro horror estético.

Essa coisa de economizar na Brastemp Eggo, começa a me causar um certo desconforto e prejuizo, meu trabalho não deu resultado, e acabo de perder 5 calcinhas lindas, branquinhas de rendinha.

Às vezes, a frescdura não é luxo, é simplesmente necessária.

fevereiro 21, 2008

Quando o passado de repente liga

Contato é algo incrível.

Trocamos de celular várias vezes ao longo da vida (tá, nem tanto, eu comecei a ter celular eu tinha uns 20 anos, mas ai lá se vão 10 anos e isso parece uma eternidade), mudamos de endereço, de e-mail, mudamos de cabelo, aparência, roupas, estilo, gosto, mudamos o corpo (pra melhor ou pior), enfim mudamos...

mas aí, um dia, vc tá na sua rotina, e seu celular toca.

vc não reconhece o número, então atende ne... vai que é alguém fazendo cobrança?! credo!

e uma voz fala com vc, cheio de surpresa, a gente logo tem aquela sensação de que se estivesse frente a frente receberíamos um abração de quebrar os ossos.

era uma voz conhecida, meu cerebro começa a funcionar como um hd do computador, fazendo pesquisa em todos os arquivos, pastas, em todo o C... e encontra resposta.

era ele, uma conquista de 15 anos atrás!

nao chegou a ser um namorado, mto menos um peguete, mas um amigo colorido que queria tudo mas por alguma razão da época não rolou.

caramba!

como ele deve estar? a voz continua doce... somos adultos agora, nao temos mais aqueles sonhos adolescentes, aquela ansiedade, fizemos aquelas perguntas de praxe, como vai a familia, vc ta bem, o que ta fazendo, onde ta morando, onde trabalha, ta namorando...

dai, bate uma ansiedade.

vamos nos encontrar?

hoje?

amanhã. Decidimos rapidamente

não pode passar de amanhã.

eu te ligo pra combinar lugar e hora.

nos vimos como 15 anos atrás, cheios de saudades e querendo agir com um quê de impulsividade.

O mais marcante, foi a sensação que ao escutar aquela voz me causou, era como se não tivesse passado uma semana, apesar desses anos todos sem ter contato algum... somos e continuamos íntimos, é um querer bem, sem interesse ou outras intenções, dava pra perceber que era apenas saudade de saber do outro.

Me senti com 15 anos logo depois, foram os 20 minutos de telefone mais gostosos que tive nos últimos tempos... me lembrei de como eu era, será que ele me achou mto diferente? Será que durante nosso encontro ele me achará mais bonita? ou mais feia?

Pq no fundo, o que queremos é que todos as nossas conquistas tenham boas lembranças ao nosso respeito, e que, ao se lembrarem da gente, simplesmente possam ser inundados de saudades e nostalgia.

fevereiro 11, 2008

Oh quanto riso, Oh quanta alegria!


O Carnaval passou, e a chuva também (Thank God!), e aí vai a minha crítica dos blocos que fui esse ano.

SEXTA-FEIRA

Tudo começou na sexta-feira no CONCENTRA MAS NÃO SAI
(bloco animado, porém impraticável, muita gente, muita barulheira (não se consegue sequer ouvir a banda, tinha uma banda??? Me disseram que sim, acabei não concentrando, passei longe)

Logo depois, fui para uma batuque que rolava na Praça São Salvador, e para minha surpresa lá pelas 23h, chegou o bloco BREJEIRO, muito bom, animado, nada apertado, nada tumultuado, mas infelizmente peguei a folia no final, mas deu para dar um gostinho de primeiro dia de carnaval.

SÁBADO

Sábado começa cedo, CÉU NA TERRA, na veia logo às 8h da manhã. Foi o bloco que mais tinha gente bonita, fantasias bem produzidas, grupos de amigos fantasiados, e ainda com o cenário de Sta Teresa... nossa, foi lindo, o bloco porém, tava impraticável, cheio demais, esse foi o primeiro e o último ano que participo desse bloco, os pés ficam em frangalhos devido ao calçamento irregular.

No entanto, à tarde, curtimos o CARIOCA DA GEMA, segundo ano desse bloco, tinha carro de som, o que nos possibilitou ficar mais longe da muvuca, e curtir todas as músicas que foram selecionadas a dedo, bloco hiper animado, gente divertida que entrava na brincadeira do carnaval. A chuva que caiu não atrapalhou em nada a evolução!

DOMINGO

CORDÃO DO BOITATÁ: se a chuva atrapalhou eu não percebi. Os pés ficaram cheios de lama, a maquiagem borrada, a roupa molhada, mas valeu. É o bloco onde encontramos os amigos, os conhecidos, os gatinhos. No entanto, as músicas tinham pontos altos e baixos.
Ás vezes tinha uma seqüência boa, com músicas conhecidas, e logo em seguida, o cordão começava a cantar músicas de seu repertório, nada mto carnavalesco, nada mto animado. Meio chato.

A grande descoberta foi a saída do BOI TOLO, que percorreu o centrão, animando geral, poucas pessoas se deram conta dele, o que facilitou os foliões a curtirem com intensidade o bloco. Amigos me disseram que foi um dos melhores do carnaval, não estava lá, fiquei no bloco apenas durante a concentração dele nas escadarias do palácio Tiradentes. Parecia até turmas de formandos posando para a foto de formatura, hehe.

À tarde me direcionei para zona sul, e encarei o QUE MERDA É ESSA em Ipanema. Legalzinho. Não tava entupido, mas sinceramente, esse povo não sabe fazer carnaval, quase ninguém fantasiado, e tudo mto feito nas coxas, repetiam a mesma música o tempo todo, e tinha mais a tônica do escracho do que outra coisa.

Mas aí eu me redimi e encarei o primeiro dia do CACIQUE DE RAMOS, que para mim é o melhor bloco de todos os tempos, os caciques estavam empolgados, rolou fogueira e o povo tava sedento em pular carnaval, o povão invadiu o bloco se misturando aos índios de ramos, formando um dos melhores cordões que já presenciei.

SEGUNDA

Segunda fomos para o VOLTA ALICE, que deu um show de gente animada e bonita. O samba desse ano dava show de ecologia, foram distribuídos as letras da música, e no final, foram tocadas os grandes sambas de todos os tempos, o que acabou fazendo com que relembrássemos dos nossos carnavais mais remotos... foi excelente.

TERÇA

No entanto, para mim terça-feira foi o grande dia.


O QUIZOMBA foi para mim, o melhor bloco de 2008. A seleção das músicas teve um quê especial, em qual bloco se toca Jorge Bem Jor ou Farofa Carioca com ritmo de samba? Ao mesmo tempo passa para as marchinhas, e depois coloca na boca do povo alguns samba-enredos clássicos??? Só no Quizomba. O Trajeto foi pela rua da Lapa, cortando para a Glória, o povo fechou o transito na Augusto Severo, tinha espaço para se dançar e brincar, o carro atravessou os arcos da lapa, e por alguns momentos tudo era fantástico, uma fotografia bonita de se guardar na memória.

À noite, ir para a Av Rio Branco era obrigação. O último dia de desfile do CACIQUE DE RAMOS é imperdível. E foi um dos melhores como eu já previa. E, particularmente, para mim foi uma surpresa quando fui convidada a tocar junto da bateria do Cacique. Toquei meu tamborim com toda a vontade e emoção que me restava. Deixei toda a minha energia lá.

Ainda eufórica eu e uma amiga acabamos indo a um sambão no Brasil Mestiço, tocava lá um grupo chamado TAMBOR CRIOLO e a Luciane Menezes, comandante da casa, deu uma canja. Foi tudo de bom, sambamos até umas 4 da manhã. Sim, o nosso carnaval chegava ao fim, uma pena.

Fica a vontade de continuar pulando ano que vem, se Deus quiser.