Dizem que não se pode controlar os sentimentos. Mas então como explicar aquelas pessoas contidas que amam mas não dizem, amam mas guardam tudo pra si e que acham que tomar uma atitude racional de não querer o ser amado é o melhor caminho e persistem nessa escolha, de não amar, não se entregar até que o tempo passe e tudo passe enfim????
Não entendo.
Sou do tempo que o sentimento vem em primeiro lugar, amar já é tão difícil em tempos atuais, como não viver uma história com alguém que te faz bem só por causa de algumas diferenças? Que diabos de diferenças são essas que nos fazem deixar de viver uma história de amor.
Rir junto, dormir de conchinha, comer no mesmo prato, deixar o corpo falar numa noite de sexo, dividir uma casquinha de sorvete, ir a praia e deixar o sol bater no corpo molhado e gelado do mar, dançar uma música, aquela que mais se gosta e que cantamos a letra de cor... nessas horas as diferenças não aparecem, nessas horas as tais diferenças, reles e irrelevantes, aquelas que nem lembramos nos bons momentos de diversão e prazer a dois não aparecem, mas pensando bem, pra que servem?
Desde que nascemos somos cobrados. Neném fala isso, anda pra mamãe ver, bate palma pra vovó tirar uma foto, depois é colégio, dever de casa, prova, teste final, medo da recuperação, arrumar o quarto, o armário, páre de brigar com sua irmã, coma isso, não faça aquilo, se sair tem que voltar às 21h. Não, não, não, porque não, era o que nos diziam ou respondiam. Depois tem o vestibular, tudo de novo, prova, créditos, estágios, não se pode perder a hora, primeiro emprego, salário baixo, exploração que serve pra ensinar, não satisfeitos, tem a pós-graduação, mestrado, doutorado, dissertação e tese! Projeto, anti-projeto, pré-projeto, qualificação, orientador e co-orientador... Trabalho, bolsa, sai ou não sai? Carteira assinada, recisão, FGTS, imposto de renda, o que é essa merda afinal? não vou nem falar em aluguel, filhos, pensão, porque essa realidade ainda não me pertence... (Thank God)
Os anos passam, as cobranças mudam, mas elas existem, só mudam de peso, engordam horrores. Ficam mais pesadas, mais presentes, ocupam aquele sofá de 2 lugares da sala, antes elas sentavam num banquinho no canto do quarto. Que saudades daquele banquinho...
Daí, vem alguém e diz que a gente não pode amar. Que a gente não pode curtir alguém por aquele ou esse motivo... que não podemos nos entregar por causa do medo, por causa da diferença, por causa do preconceito. Quem é esse? Quem dita essas regras? Eu quero saber quem é que manda nessa história toda, porque eu quero ter um tête-a-tete com ele!
Quem foi que me disse que eu tenho que escolher? Que o meu coração não pode simplesmente se levar, ou ser levado? Sofrimento? E daí? Há sofrimento maior que sentir fome e não poder comer o que se tem vontade? Um picanha no Braseiro da Gávea? rs...
Há maior desespero e dor que ver um filho querer um brinquedo e não poder dar?
ah...
Sinceramente?
Que os olhos do preconceito fiquem cegos do dia pra noite, que a inveja alheia se esconda debaixo da cama, e envergonhada nunca saia de lá, que a opinião pública fique rouca e vá perdendo a voz até não ter mais forças pra soltar um grunido sequer!
E que as diferenças todas se explodam, porque eu quero mesmo é ser feliz.
Beijokas
Hi
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