"Moro em São Gonçalo, gosto de Niteroi, curtimos bailes do Rio e Fazenda somos nós..."
Esse é funk famoso muito cantado na época do auge dos bailes... ele demonstra exatamente os sentimentos e vontades dos moradores da região que estou inserida.
Desde que comecei a frequentar assiduamente São Gonçalo tenho percebido algumas caracteríticas locais...
Na realidade, minha primeira infância foi vivida lá, meus primeiros anos de vida eu passei numa casa num bairro nobre da cidade, pés no chão, garotada brincando até tarde na rua e cadeiras de praia na calçada, foi um período feliz onde pude aproveitar tudo que uma criança poderia... bandeirinha, queimado, pic nic, roubar fruta da casa do vizinho e por ai vai...
Nasci em Niterói por puro acidente de percurso, minha família é são gonçalense e moram lá até hoje.
Como dizem, bom filho a casa torna e hoje me vejo trabalhando na região, estou me mudando para um dos bairros mais pobres do município a fim de fazer trabalho de campo, e estou curtindo demais essa oportunidade profissional.
No entanto, desde que comecei a ir para São Gonçalo mais assiduamente comecei a observar as nuances da região, que mesmo tão próxima de Niterói guarda características peculiares e próprias.
A primeira coisa que percebi é a forma como alguns moradores lidam com as pixações, e há pixações por todos os cantos, mas em alguns muros não, se encontram limpos e pintados... me perguntava porque... quando vi uma placa "ESPAÇO RESERVADO PARA PIXADORES AMADORES"
Funcionou.
Os pixadores não querem ser chamados de amadores, eles são na realidade pixadores profissionais, claro... eles não vão deixar suas assinaturas num espaço para amadores... rs
Outro ponto:
Lá existe a cultura da lycra e do tactel. Todos usam esses materiais em qualquer momento, seja no trabalho, no lazer, na praia. Tudo extremamente apertado, colado, arrochado.
Mulheres cultuam aquelas marcas de surf, ou então aquelas grifes do Funk, tudo com strech, purpurina, cristal e bordado. Às vezes, elas usam tudo junto, na mesma peça de roupa...
No cabelo usa-se mtos cremes, mta chapinha, mta florzinha de crochÊ...
a maquiagem é florescente, tudo nos olhos, as negras usam lápis branco, as brancas usam lápis lilás, azul florescente ou amarelo.
Estranham meu estilo retrô e dizem que uso umas roupas esquisitas, parecendo com a avó delas!
Achei o máximo a percepção do retrô como sendo um defeito estético, algo referente ao passado, ao velho e antigo. Perguntam de onde é minha roupa, antes eu respondia "É da Sacada" ou "É da Maria Bonita Extra"
( uma cara péssima de estranhamento surgia)
"Ah, não conheço não, até as lojas que vc compra são esquisitas"
Hoje quando me perguntam eu só digo "Uma loja lá no Rio" e se dão satisfeitas pela resposta.
Um dia usei uma calça linda de malha, pintada a mão da grife mineira Elvira Matilde (www.elviramatilde.com.br) e perguntaram se eu ia para um festa junina.
Estranham a volta do balonê, meus sapatos de bico redondo ou os micro-saltos, nem vou comentar aqui sobre os meus colares de pérolas...
Os gostos musicais tb são específicos, aqui impera o Funk, o Axé e o Pagode.
Eu ponho Elis Regina no meu computador e sou quase malhada como o Judas em sábado de Aleluia, ponho Clara Nunes e todos mandam tirar a música de macumba, Maria Rita então... nem pensar, porque pior que a Elis só a imitação dela.
O povo aqui não tem hábito de cinema, teatro, ou shows. Só se for show de micareta ou baile funk do ItaShow, onde rola pura pegação desenfreada.
Segunda é o dia de colocar os assuntos em dia, e o comentário geral é sempre sobre as carnes que foram queimadas na laje no fim de semana ou o rodízio de massa + carne + buffet de salada com direito a comida japonesa...que eles foram no fim de semana, sim, porque aqui, só vale a pena ir a um restaurante se for naqueles mega rodízios que têm de um tudo... uma combinação bombástica de vários tipos diferentes de comida!
O lema é levar vantagem extrema.
Os carros são rebaixados, com insufilme pretíssimo e adesivos grandes com palavras em inglês que eu duvido que eles saibam a conotação "MEGAPOWER" , "SOUNDMACHINE" e por ai vai...
O porta-malas é enorme e os espaço é dividido pelo tanque de gás e as caixas de som gigantescas... o carro passa na rua e a gente treme de tão alto é o som... as pessoas querem aparecer, querem se mostrar, e o som ajuda a chamar atenção... investimento no carro é um quesito importante...
Há outras questões aparentes, como as senhoras que carregam toalhinhas felpudas presas no sutiãs para secar o suor, São Gonçalo não chega a ser Bangú, mas está bem próximo... rs
Quente que só, e os ônibus e as lojas comercias em sua maioria não têm ar condicionado... já viu o drama que é viver por aqui...
De qq forma, um amigo antropólogo , são gonçalense já há mto tempo morador do Rio, me disse a seguinte frase : "Você sai de São Gonçalo, mas São Gonçalo não sai de você!"
É isso, e viva o subúrbio metropolitando do Rio.
Rs... VIVA!
abril 27, 2007
abril 25, 2007
Inveja boa existe?
O que é inveja? É querer o que é do outrem, ou querer ser o que o outro é... tomar para si o que não lhe pertence, é desejar a qualquer custo o que não é seu e nesse contexto gorar o que o outro é ou possui.
Ninguém assume suas invejas, mas todos têm. É fato.
Mas, diferente de muitos, eu vou assumir publicamente as minhas invejas...
Tenho inveja de:
- mulheres que conseguem usar bolsas pequenas (admiro as pessoas que conseguem colocar tudo o que necessitam em bolsas tão pequenas, às vezes são do tamanho da minha necessáire)
- que se equilibram em saltos altíssimos e finos com elegância 12 ou 15 cm (porque mulher de salto alto andando de perna aberta não dá!)
- mulheres que têm poucos pêlos ou nenhum (tenho essa inveja todos os meses quando vou depilar com cÊra quente)
- que não precisam de muita produção para ficarem lindas, basta uma camiseta branca hering e um jeans que já dá o maior look.
- que conseguem gozar mais de 2 vezes numa transa.
- mulheres controladas que não compram por impulso
- que conseguem permanecer mais de 3 anos com o mesmo namorado e ainda curtir a relação
- mulheres misteriosas (daquelas super discretas para sociedade, bem nelson rodriguianas)
- das mulheres que sabem fazer jogos amorosos, sabem a hora de se proteger e se entregar...
- das mulheres que não são vítimas da moda (e daí que vermelho não combina com rosa? ou que não se usa calça jeans com bota de cano longo?)
- mulheres que conseguem ser mães dedicadas (boas mães) e vêem beleza na maternidade
- das mulheres que fumam charutos e bebem conhaque
- que conseguem fingir-se de burra quando lhes convém.
e aí o leitor pergunta: mas e em relação aos homens?
a resposta é rápida e curta: tenho inveja do piru, fazer xixi em pé e em qualquer lugar não tem preço!
Ninguém assume suas invejas, mas todos têm. É fato.
Mas, diferente de muitos, eu vou assumir publicamente as minhas invejas...
Tenho inveja de:
- mulheres que conseguem usar bolsas pequenas (admiro as pessoas que conseguem colocar tudo o que necessitam em bolsas tão pequenas, às vezes são do tamanho da minha necessáire)
- que se equilibram em saltos altíssimos e finos com elegância 12 ou 15 cm (porque mulher de salto alto andando de perna aberta não dá!)
- mulheres que têm poucos pêlos ou nenhum (tenho essa inveja todos os meses quando vou depilar com cÊra quente)
- que não precisam de muita produção para ficarem lindas, basta uma camiseta branca hering e um jeans que já dá o maior look.
- que conseguem gozar mais de 2 vezes numa transa.
- mulheres controladas que não compram por impulso
- que conseguem permanecer mais de 3 anos com o mesmo namorado e ainda curtir a relação
- mulheres misteriosas (daquelas super discretas para sociedade, bem nelson rodriguianas)
- das mulheres que sabem fazer jogos amorosos, sabem a hora de se proteger e se entregar...
- das mulheres que não são vítimas da moda (e daí que vermelho não combina com rosa? ou que não se usa calça jeans com bota de cano longo?)
- mulheres que conseguem ser mães dedicadas (boas mães) e vêem beleza na maternidade
- das mulheres que fumam charutos e bebem conhaque
- que conseguem fingir-se de burra quando lhes convém.
e aí o leitor pergunta: mas e em relação aos homens?
a resposta é rápida e curta: tenho inveja do piru, fazer xixi em pé e em qualquer lugar não tem preço!
abril 23, 2007
Os OGROS existem, e nem todos são o SHEREK
O problema do ser humano é acreditar e fantasiar momentos. Eu, como um ser vivo dessa espécie não poderia ser diferente...
Pensei em postar esse texto no blog Homem é Tudo Palhaço (http://www.tudopalhaco.blogspot.com/)
Mas como a história é minha... ai vai
Era uma sexta-feira, fim do dia, começo de uma noite que prometia...
sai do trabalho, vinho caro na mão, fui ao encontro do bruto na casa dele, ele nao estava. Liguei e ele já estava a caminho, então fui em direção ao mercado para comprar os quitutes para fazer o jantar, sim, havíamos combinado de comer um jantarzinho e depois... bem... (usem a imaginação)
menu: penne ao gorgonzola
Receita minha, meio que criada por acaso, mas que fica dos deuses, como eu não podia fazer feio... apelei logo para um prato que eu dominava fazer.
Enfim o bruto chegou, me encontrou no mercado, me deu um selinho, e saiu andando na frente pq queria comprar umas coisas, todo apressado, nao conversou comigo, nem segurou o meu carrinho pra empurrar, eu fui andando atrás, meio que pra acompanhar...
(já comecei estranhando, mas o sujeito tava estressado, relevei)
Depois , na fila do caixa ele esperou minha grana para pagar a conta, tirei metade da grana e ok, paguei, (acho que no mínimo deveria rolar um gentileza, já que eu estava com um vinho caro na mão e ainda ia pra cozinha fazer jantar... outra vez relevei)
Ele pegou as sacolas e fomos pra casa dele, o assunto conversado ao longo do trajeto? A canseira dele, o transito horrível, bla bla bla totalmente irritado, um tom meio deprê, mas ok... ele pegou engarrafamento e tava precisando relaxar (pensei)
dai, chegando lá, festa com o cachorro que se encontrava deveras saudoso, o bruto muda o tom de voz, vira uma pessoa meiga, afinal de contas os brutos tb amam... rs
ele me deixou na cozinha, não falou nada, nem me apresentou a casa nem nada, era como se eu já estivesse acostumada com o lugar, ficou mais ou menos 30 min lá fora com o cachorro, e eu lá, picando cebola... ele voltou, eu pedi que colocasse uma musica e abrisse o vinho. Ele pôs LOBÃO, um horror barulhento, e enquanto eu fazia o jantar ele não sentou na cozinha sequer pra me fazer companhia, silencio quebrado só pelos gritos do Lobão... eu quieta na minha, vou falar o que nessa hora?
Dai, o jantar ficou pronto, ele abriu o vinho... dai vc imagina uma mesa posta, com umas taças e tal? Isso só se for por conta da sua mente... pq ele afastou um monte de tranqueira que tava na mesa da cozinha, pegou um banquinho, sentou, segurou o prato feito um peão de obra e engoliu a comida, com a cara enfiada no prato, não conversava comigo, às vezes soltava uma frase ou outra, eu olhava pra ele e ele dizia que era da musica... dai ele me manda a perola "aprendi c uma amiga minha que a gente deve elogiar comida de mulher, elas gostam de ouvir isso, olha o seu macarrão até que ta bom!"
credo gente, eu olhei com cara de pasmada, ele riu, disse que era brincadeira, mas mesmo assim... fala sério...
(a noite que antes estava prometendo começa a me assustar, circo dos horrores talvez?)
Terminado o jantar ele lavou a louça (ainda bem, ponto para o bruto, rs), falava umas coisas sempre reclamando de tudo, do cansaço, das aulas que assistiria no dia seguinte, eu tentava falar alguma coisa, travar um dialogo, tudo em vão dai... 1h depois, ele pergunta se eu quero tomar banho, eu fui, ja tava meio alta do vinho
Terminado o banho, tudo em ordem, lingerie, camisola, perfume, cabelo...
Ele entra no banho, demora um pouco, resolvo deitar, (eu tava pregada), ele chega, apaga todas as luzes, e deita ao meu lado, o silêncio só era quebrado quando ele falava com o cachorro (uma labrador lindo e enorme), que tinha completo acesso a toda casa, inclusive ao quarto.
Ele virou pro meu lado, me beijou, beijo meio sem sal, talvez tímido ou meio seco, pulou em cima de mim, pau duro (e deixo claro aqui que era de um bom tamanho e de uma ótima consistência e volume), tirou minha calcinha, minha camisola, tudo no silencio, eu só ouvia a respiração do cachorro que assistia tudo praticamente de camarote, só faltou o proseco servido pro coitado que a essa altura tava com o micro piru canino duro.
Depois de ter mudado de posição 2 ou 3 vezes, fiquei cansada de ser penetrada por aquele OGRO, e enfim ele gozou,virou pro lado e dormiu
Eu pedi pra ser chupada no meio do lelê, entre uma posição e outra, ele simplesmente negou!
Fiquei chocada! Como assim??? Helllooooooo!
Ele dormiu, roncou, o que fazer agora? Tomei a ultima taça de vinho que estava ao meu lado, e dormi, isso eram umas 23h
No meio da madrugada o ogro acorda, brinca com o cachorro, levanta, barulho na rua... nada demais, ele volta, me abraça meio estranhamente e volta a roncar, eu perguntei o que estava havendo, ele apenas diz que não era nada e pede um carinho "hum, faz um carinho ai..."
Ele dorme o sono dos ogros justos e eu lá... mal comida que dava pena de ver!
Dia seguinte, 7 da manhã toca o despertador, eu acordo, ele acorda reclamando, esbraveja, fala docemente com o cachorro, cadê o filho do papai? Filho lindo do papai, pega o chinelo pra papai... e por ai vai...
eu lá, me espreguiçando, nua, ele nem olha, não ta nem ai... era como se eu não estivesse, ou então, vestida com uma burca...
ele vira pra mim, e diz "bom dia, vc tem só mais 5 minutos pra descansar, temos que sair logo"
ele levanta, vai tomar banho, eu começo a juntar as minhas coisas... ele sai do banheiro, briga com o cachorro, e depois fala comigo na mesma entonação autoritária, eu rio por dentro, (aonde eu fui parar?)
dai não agüento e comento com um sorriso sarcástico na boca, "vc já reparou que vc trata o cachorro com autoritarismo?"
ele diz: claro, ele é meu filho
e eu replico: só que eu não sou sua filha, e vc me trata do mesmo jeito...
ele sorri...
e diz "ah não exagera"
e sai
Assim, movimentos bruscos e apressados e eu lá, atrapalhando o cara no meio do caminho, do corredor da casa... bem, foi assim que eu me senti
ele vai levar o cachorro pra passear, eu já arrumada e morta de sono me deito no sofá da sala e cochilo, ele chega, e fala pro cachorro "ih filho, ela mimiu"
pois bem, ele entra, me da um selinho e diz "VAMOS"
Eu levanto, pego minha bolsa e me encaminho pra saída, o portão do lado de fora.
Eu de óculos escuros enormes desses que tampam a cara toda, fico na minha olhando pela janela, tempo nublado e eu com aqueles óculos gigantes, agora já descobri outra finalidade para os óculos grandes.
ele vem conversando comigo,enfim travávamos um diálogo... papo meio bobo...ele sempre tentando me desafiar, me alfinetar sabe?
Puta-que-pariu, o cara não me come, não me fode, não me faz gozar e ainda zoa com a minha cara?
Chegamos em casa, ele pára o carro na rua e me dá outro selinho e agradece a noite maravilhosa
que noite?
que maravilhosa?
o que é isso gente??????
Durante a despedida, eu falei secamente "ainda bem que ontem foi o dia do beijo, eu nunca fui tão beijada... (pausa) pelo seu cachorro"
Ele riu e disse que era a forma de dizer seja-bem-vinda.
Dai, eu repliquei, com quem será que ele aprendeu a ser assim? com o pai dele certamente não foi...
Eu ri... e fechei a porta do carro, atravessei a rua, e ponto final.
Adendo: Para os interessados... eu já me encontro bem comida, obrigada. Afinal de contas, a fila anda...
Pensei em postar esse texto no blog Homem é Tudo Palhaço (http://www.tudopalhaco.blogspot.com/)
Mas como a história é minha... ai vai
Era uma sexta-feira, fim do dia, começo de uma noite que prometia...
sai do trabalho, vinho caro na mão, fui ao encontro do bruto na casa dele, ele nao estava. Liguei e ele já estava a caminho, então fui em direção ao mercado para comprar os quitutes para fazer o jantar, sim, havíamos combinado de comer um jantarzinho e depois... bem... (usem a imaginação)
menu: penne ao gorgonzola
Receita minha, meio que criada por acaso, mas que fica dos deuses, como eu não podia fazer feio... apelei logo para um prato que eu dominava fazer.
Enfim o bruto chegou, me encontrou no mercado, me deu um selinho, e saiu andando na frente pq queria comprar umas coisas, todo apressado, nao conversou comigo, nem segurou o meu carrinho pra empurrar, eu fui andando atrás, meio que pra acompanhar...
(já comecei estranhando, mas o sujeito tava estressado, relevei)
Depois , na fila do caixa ele esperou minha grana para pagar a conta, tirei metade da grana e ok, paguei, (acho que no mínimo deveria rolar um gentileza, já que eu estava com um vinho caro na mão e ainda ia pra cozinha fazer jantar... outra vez relevei)
Ele pegou as sacolas e fomos pra casa dele, o assunto conversado ao longo do trajeto? A canseira dele, o transito horrível, bla bla bla totalmente irritado, um tom meio deprê, mas ok... ele pegou engarrafamento e tava precisando relaxar (pensei)
dai, chegando lá, festa com o cachorro que se encontrava deveras saudoso, o bruto muda o tom de voz, vira uma pessoa meiga, afinal de contas os brutos tb amam... rs
ele me deixou na cozinha, não falou nada, nem me apresentou a casa nem nada, era como se eu já estivesse acostumada com o lugar, ficou mais ou menos 30 min lá fora com o cachorro, e eu lá, picando cebola... ele voltou, eu pedi que colocasse uma musica e abrisse o vinho. Ele pôs LOBÃO, um horror barulhento, e enquanto eu fazia o jantar ele não sentou na cozinha sequer pra me fazer companhia, silencio quebrado só pelos gritos do Lobão... eu quieta na minha, vou falar o que nessa hora?
Dai, o jantar ficou pronto, ele abriu o vinho... dai vc imagina uma mesa posta, com umas taças e tal? Isso só se for por conta da sua mente... pq ele afastou um monte de tranqueira que tava na mesa da cozinha, pegou um banquinho, sentou, segurou o prato feito um peão de obra e engoliu a comida, com a cara enfiada no prato, não conversava comigo, às vezes soltava uma frase ou outra, eu olhava pra ele e ele dizia que era da musica... dai ele me manda a perola "aprendi c uma amiga minha que a gente deve elogiar comida de mulher, elas gostam de ouvir isso, olha o seu macarrão até que ta bom!"
credo gente, eu olhei com cara de pasmada, ele riu, disse que era brincadeira, mas mesmo assim... fala sério...
(a noite que antes estava prometendo começa a me assustar, circo dos horrores talvez?)
Terminado o jantar ele lavou a louça (ainda bem, ponto para o bruto, rs), falava umas coisas sempre reclamando de tudo, do cansaço, das aulas que assistiria no dia seguinte, eu tentava falar alguma coisa, travar um dialogo, tudo em vão dai... 1h depois, ele pergunta se eu quero tomar banho, eu fui, ja tava meio alta do vinho
Terminado o banho, tudo em ordem, lingerie, camisola, perfume, cabelo...
Ele entra no banho, demora um pouco, resolvo deitar, (eu tava pregada), ele chega, apaga todas as luzes, e deita ao meu lado, o silêncio só era quebrado quando ele falava com o cachorro (uma labrador lindo e enorme), que tinha completo acesso a toda casa, inclusive ao quarto.
Ele virou pro meu lado, me beijou, beijo meio sem sal, talvez tímido ou meio seco, pulou em cima de mim, pau duro (e deixo claro aqui que era de um bom tamanho e de uma ótima consistência e volume), tirou minha calcinha, minha camisola, tudo no silencio, eu só ouvia a respiração do cachorro que assistia tudo praticamente de camarote, só faltou o proseco servido pro coitado que a essa altura tava com o micro piru canino duro.
Depois de ter mudado de posição 2 ou 3 vezes, fiquei cansada de ser penetrada por aquele OGRO, e enfim ele gozou,virou pro lado e dormiu
Eu pedi pra ser chupada no meio do lelê, entre uma posição e outra, ele simplesmente negou!
Fiquei chocada! Como assim??? Helllooooooo!
Ele dormiu, roncou, o que fazer agora? Tomei a ultima taça de vinho que estava ao meu lado, e dormi, isso eram umas 23h
No meio da madrugada o ogro acorda, brinca com o cachorro, levanta, barulho na rua... nada demais, ele volta, me abraça meio estranhamente e volta a roncar, eu perguntei o que estava havendo, ele apenas diz que não era nada e pede um carinho "hum, faz um carinho ai..."
Ele dorme o sono dos ogros justos e eu lá... mal comida que dava pena de ver!
Dia seguinte, 7 da manhã toca o despertador, eu acordo, ele acorda reclamando, esbraveja, fala docemente com o cachorro, cadê o filho do papai? Filho lindo do papai, pega o chinelo pra papai... e por ai vai...
eu lá, me espreguiçando, nua, ele nem olha, não ta nem ai... era como se eu não estivesse, ou então, vestida com uma burca...
ele vira pra mim, e diz "bom dia, vc tem só mais 5 minutos pra descansar, temos que sair logo"
ele levanta, vai tomar banho, eu começo a juntar as minhas coisas... ele sai do banheiro, briga com o cachorro, e depois fala comigo na mesma entonação autoritária, eu rio por dentro, (aonde eu fui parar?)
dai não agüento e comento com um sorriso sarcástico na boca, "vc já reparou que vc trata o cachorro com autoritarismo?"
ele diz: claro, ele é meu filho
e eu replico: só que eu não sou sua filha, e vc me trata do mesmo jeito...
ele sorri...
e diz "ah não exagera"
e sai
Assim, movimentos bruscos e apressados e eu lá, atrapalhando o cara no meio do caminho, do corredor da casa... bem, foi assim que eu me senti
ele vai levar o cachorro pra passear, eu já arrumada e morta de sono me deito no sofá da sala e cochilo, ele chega, e fala pro cachorro "ih filho, ela mimiu"
pois bem, ele entra, me da um selinho e diz "VAMOS"
Eu levanto, pego minha bolsa e me encaminho pra saída, o portão do lado de fora.
Eu de óculos escuros enormes desses que tampam a cara toda, fico na minha olhando pela janela, tempo nublado e eu com aqueles óculos gigantes, agora já descobri outra finalidade para os óculos grandes.
ele vem conversando comigo,enfim travávamos um diálogo... papo meio bobo...ele sempre tentando me desafiar, me alfinetar sabe?
Puta-que-pariu, o cara não me come, não me fode, não me faz gozar e ainda zoa com a minha cara?
Chegamos em casa, ele pára o carro na rua e me dá outro selinho e agradece a noite maravilhosa
que noite?
que maravilhosa?
o que é isso gente??????
Durante a despedida, eu falei secamente "ainda bem que ontem foi o dia do beijo, eu nunca fui tão beijada... (pausa) pelo seu cachorro"
Ele riu e disse que era a forma de dizer seja-bem-vinda.
Dai, eu repliquei, com quem será que ele aprendeu a ser assim? com o pai dele certamente não foi...
Eu ri... e fechei a porta do carro, atravessei a rua, e ponto final.
Adendo: Para os interessados... eu já me encontro bem comida, obrigada. Afinal de contas, a fila anda...
abril 20, 2007
Pessoa...
Considero Pessoa um dos melhores por achar que ele é um poeta da dor da alma. Não que minha alma seja cheia de dores, mas lendo a dor dos outros, e principalmente as dele, entro em contato com a fraqueza alheia, tento entender então (e muitas vezes em vão) as motivações, conceitos e justificativas outras, necessárias ou arbitrárias no viver de cada um.
O que mais me acolhe é o ter ao alcance de minhas mãos um livro de cabeceira, Pessoa. Leio um de seus escritos, penso, e fecho os olhos, apago.
É quase uma experiência surreal, imagino o café que ele se encontra sentado, o banco de rua, a praça, a calçada, o chapéu... Pessoa... que se chama Fernando.
(Fernando nome do meu primeiro namorado, boas lembranças)
...
O Livro do Desassossego
Nunca amamos alguém. Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém. É a um conceito nosso - em suma, é a nós mesmos - que amamos.
Isso é verdade em toda a escala do amor. No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho. No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de uma ideia nossa. O onanista é abjecto, mas, em exacta verdade, o onanista é a perfeita expressão lógica do amoroso. É o único que não disfarça nem se engana.
As relações entre uma alma e outra, através de coisas tão incertas e divergentes como as palavras comuns e os gestos que se empreendem, são matéria de estranha complexidade. No próprio acto em que nos conhecemos, nos desconhecemos.
Dizem os dois «amo-te» ou pensam-no e sentem-no por troca, e cada um quer dizer uma ideia diferente, uma vida diferente, até, porventura, uma cor ou um aroma diferente, na soma abstracta de impressões que constitui a actividade da alma.
Estou hoje lúcido como se não existisse. Meu pensamento é em claro como um esqueleto, sem os trapos carnais da ilusão de exprimir. E estas considerações, que formo e abandono, não nasceram de coisa alguma, pelo menos, que me esteja na plateia da consciência. Talvez aquela desilusão do caixeiro de praça com a rapariga que tinha, talvez qualquer frase lida nos casos amorosos que os jornais transcrevem dos estrangeiros, talvez até uma vaga máscara que trago comigo e não me explico fisicamente...
Disse mal o escoliasta de Virgílio. É de compreender que sobretudo nos cansamos. Viver é não pensar.
O que mais me acolhe é o ter ao alcance de minhas mãos um livro de cabeceira, Pessoa. Leio um de seus escritos, penso, e fecho os olhos, apago.
É quase uma experiência surreal, imagino o café que ele se encontra sentado, o banco de rua, a praça, a calçada, o chapéu... Pessoa... que se chama Fernando.
(Fernando nome do meu primeiro namorado, boas lembranças)
...
O Livro do Desassossego
Nunca amamos alguém. Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém. É a um conceito nosso - em suma, é a nós mesmos - que amamos.
Isso é verdade em toda a escala do amor. No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho. No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de uma ideia nossa. O onanista é abjecto, mas, em exacta verdade, o onanista é a perfeita expressão lógica do amoroso. É o único que não disfarça nem se engana.
As relações entre uma alma e outra, através de coisas tão incertas e divergentes como as palavras comuns e os gestos que se empreendem, são matéria de estranha complexidade. No próprio acto em que nos conhecemos, nos desconhecemos.
Dizem os dois «amo-te» ou pensam-no e sentem-no por troca, e cada um quer dizer uma ideia diferente, uma vida diferente, até, porventura, uma cor ou um aroma diferente, na soma abstracta de impressões que constitui a actividade da alma.
Estou hoje lúcido como se não existisse. Meu pensamento é em claro como um esqueleto, sem os trapos carnais da ilusão de exprimir. E estas considerações, que formo e abandono, não nasceram de coisa alguma, pelo menos, que me esteja na plateia da consciência. Talvez aquela desilusão do caixeiro de praça com a rapariga que tinha, talvez qualquer frase lida nos casos amorosos que os jornais transcrevem dos estrangeiros, talvez até uma vaga máscara que trago comigo e não me explico fisicamente...
Disse mal o escoliasta de Virgílio. É de compreender que sobretudo nos cansamos. Viver é não pensar.
abril 17, 2007
abril 15, 2007
Mais uma da Nina Lemos
Amigo é pra essas coisas
"Não transe com um amigo porque senão vai acabar a amizade". Sempre que eu ouço isso rio. Acho sem pé nem cabeça. E lembro de um amigo meu muito sábio, que quando ouve essa frase diz: "e desde quando você transa com inimigo?".
Sexo com amigo tem um monte de vantagens.
1- Você já conhece a pessoa e não corre o risco de só descobrir depois que ele era um perverso. E você conhece tanto que também é amiga dos defeitos e sabe todo o teor de roubada dele. Por isso, você não vai querer nada com ele que não seja ser amigo, no máximo amigo que transa vez ou outra.
2- Você sabe que ele não vai te ferrar depois, inclusive, porque ele é seu amigo.
3- No pior dos casos, você vai passar uma noite rindo com o seu amigo e vendo TV.
4- E ele nunca vai poder te falar a frase: "acho melhor a gente ser amigo", porque ele, repito, já é seu amigo do coração.
5- Você acorda, vai embora e dá thau numa boa, sem esperar nada. Inclusive porque você já tem.. ele é seu amigo, oras.
PS. Nào, em geral não dá pra ser namorado ou caso e depois ser amigo com quem você transa. Namorado ou caso, quando vira ex, nem sempre é amigo, inclusive. Amigo é categoria mais permanente. O resto pode ser passante. E não, definitivamente, a gente nào é amigo de qualquer um... já caso ou coisa que o valha.. a gente pode se arrepender. De amigo, a gente nunca se arrepende. NÃo, não existe amigo passado negro.
(Nina Lemos)
Fazendo um adendo: o problema está quando vc olha pro lado e todos os seus amigos do gênero masculinho são gays... ai minha gente, não tem jeito. É ficar na secura a espera de algum PA
Legenda:
PA - pau amigo
"Não transe com um amigo porque senão vai acabar a amizade". Sempre que eu ouço isso rio. Acho sem pé nem cabeça. E lembro de um amigo meu muito sábio, que quando ouve essa frase diz: "e desde quando você transa com inimigo?".
Sexo com amigo tem um monte de vantagens.
1- Você já conhece a pessoa e não corre o risco de só descobrir depois que ele era um perverso. E você conhece tanto que também é amiga dos defeitos e sabe todo o teor de roubada dele. Por isso, você não vai querer nada com ele que não seja ser amigo, no máximo amigo que transa vez ou outra.
2- Você sabe que ele não vai te ferrar depois, inclusive, porque ele é seu amigo.
3- No pior dos casos, você vai passar uma noite rindo com o seu amigo e vendo TV.
4- E ele nunca vai poder te falar a frase: "acho melhor a gente ser amigo", porque ele, repito, já é seu amigo do coração.
5- Você acorda, vai embora e dá thau numa boa, sem esperar nada. Inclusive porque você já tem.. ele é seu amigo, oras.
PS. Nào, em geral não dá pra ser namorado ou caso e depois ser amigo com quem você transa. Namorado ou caso, quando vira ex, nem sempre é amigo, inclusive. Amigo é categoria mais permanente. O resto pode ser passante. E não, definitivamente, a gente nào é amigo de qualquer um... já caso ou coisa que o valha.. a gente pode se arrepender. De amigo, a gente nunca se arrepende. NÃo, não existe amigo passado negro.
(Nina Lemos)
Fazendo um adendo: o problema está quando vc olha pro lado e todos os seus amigos do gênero masculinho são gays... ai minha gente, não tem jeito. É ficar na secura a espera de algum PA
Legenda:
PA - pau amigo
Aviso aos navegantes
Depois de um dia de trabalho cansativo, sim meus caros, eu trabalhei no sábado, compareci a um evento que a empresa promoveu em São Gonçalo até às 21h... me emperequetei e fui a festa Phunk no Bola Preta.
Funks antigos, casa lotada, gente bonita até... e aí vai um aviso aos navegantes...
Moças-que-levam-bolsas-a-tira-colo para noitada e costumam deixar no guarda-volumes, pois é que tiraram grana da bolsa de uma amiga e confesso que tb dei por falta de dinheiro na minha carteira...
Então, por mais que a senhora do guarda-volumes seja uma fofa, com cara de crente-evangélica hiper confiável, é melhor não deixar por menos...
se e bolsa é tira-a-colo, que permaneçam nos colos, enfim.
Funks antigos, casa lotada, gente bonita até... e aí vai um aviso aos navegantes...
Moças-que-levam-bolsas-a-tira-colo para noitada e costumam deixar no guarda-volumes, pois é que tiraram grana da bolsa de uma amiga e confesso que tb dei por falta de dinheiro na minha carteira...
Então, por mais que a senhora do guarda-volumes seja uma fofa, com cara de crente-evangélica hiper confiável, é melhor não deixar por menos...
se e bolsa é tira-a-colo, que permaneçam nos colos, enfim.
abril 13, 2007
Música para ouvir
Que lugar a música tem na sua vida?
Eu diria que na minha ela tem um lugar central. Eu faço tudo melhor ouvindo música, escrevo melhor, trabalho melhor, dirijo, converso, namoro, transo, sempre embalada por alguma canção.
Acaba que as músicas se transformam em verdadeiras trilhas sonoras que fazem parte de períodos da minha existência. Tem cantores que eu não consigo ouvir e não lembrar de uma época, de uma pessoa... incrível isso.
E as letras? A gente escuta, ouve prestando atenção e o que tinha tudo a ver com a gente, passa a não ter mais tanto sentido...
Eu via exatamente esse movimento quando ia na festa PLOC anos 80, era mto engraçado ver as pessoas lembrarem de suas épocas e começarem a contar sobre as festas, sobre a infância e adolescência, uma nostalgia boa ficava aparente nos rostos de cada um... eu via até uns caras grandões fechando os olhos com um certo sorriso na boca.
Bacana isso... era gostoso... a festa inclusive, nem tinha aquele clima de pegação de boate, no final, tocavam as músicas infantis e todos se lembravam dos passinhos da coreografia dos menudos, xuxa e bozo. E todos dançam-pegam-esticam e puxam... e viva a festa da Xuxa!
Cada relação amorosa tem a sua característica, ja namorei um amante de rock anos 80, outro gostava de música regional, outro MPB, outro amava rock inglês, e atualmente estou sendo sabatinada no mais puro rock clássico, psicodélico, heavy, hard, e por aí vai... aprendi o valor do Rolling Stones e a importância do Pink Floyd para o mundo da música... isso porque o bruto ama samba de raiz e toca tamborim em escola de samba.... ou seja, no que se trata de clássico, o sujeito dá show... menos mal.
Nem consigo conceber a idéia de estar com alguém que goste de axé, ou então aqueles pagodinhos paulistinhas, com passinho marcado e coro gemido, "ai ai ai liga pra mimmmm"
socorro!
De qq forma Deus tem sido generoso comigo e tem colocado em meu caminho amantes de muito bom gosto musical, que passam a curtir Maria Bethânia por minha causa... é a minha maior contribuição musical. Não há como escutar a deusa e não se lembrar de mim, impossível!
Isso porque até hoje, nenhuma outra voz conseguiu tocar minha alma como ela faz... não mesmo.
Bem, é isso.
Nesse momento, escuto Leoni, Lágrimas e Chuva, em dueto com Léo Jaime.
A versão tá bem legal...
melancólica no grau certo.
Eu diria que na minha ela tem um lugar central. Eu faço tudo melhor ouvindo música, escrevo melhor, trabalho melhor, dirijo, converso, namoro, transo, sempre embalada por alguma canção.
Acaba que as músicas se transformam em verdadeiras trilhas sonoras que fazem parte de períodos da minha existência. Tem cantores que eu não consigo ouvir e não lembrar de uma época, de uma pessoa... incrível isso.
E as letras? A gente escuta, ouve prestando atenção e o que tinha tudo a ver com a gente, passa a não ter mais tanto sentido...
Eu via exatamente esse movimento quando ia na festa PLOC anos 80, era mto engraçado ver as pessoas lembrarem de suas épocas e começarem a contar sobre as festas, sobre a infância e adolescência, uma nostalgia boa ficava aparente nos rostos de cada um... eu via até uns caras grandões fechando os olhos com um certo sorriso na boca.
Bacana isso... era gostoso... a festa inclusive, nem tinha aquele clima de pegação de boate, no final, tocavam as músicas infantis e todos se lembravam dos passinhos da coreografia dos menudos, xuxa e bozo. E todos dançam-pegam-esticam e puxam... e viva a festa da Xuxa!
Cada relação amorosa tem a sua característica, ja namorei um amante de rock anos 80, outro gostava de música regional, outro MPB, outro amava rock inglês, e atualmente estou sendo sabatinada no mais puro rock clássico, psicodélico, heavy, hard, e por aí vai... aprendi o valor do Rolling Stones e a importância do Pink Floyd para o mundo da música... isso porque o bruto ama samba de raiz e toca tamborim em escola de samba.... ou seja, no que se trata de clássico, o sujeito dá show... menos mal.
Nem consigo conceber a idéia de estar com alguém que goste de axé, ou então aqueles pagodinhos paulistinhas, com passinho marcado e coro gemido, "ai ai ai liga pra mimmmm"
socorro!
De qq forma Deus tem sido generoso comigo e tem colocado em meu caminho amantes de muito bom gosto musical, que passam a curtir Maria Bethânia por minha causa... é a minha maior contribuição musical. Não há como escutar a deusa e não se lembrar de mim, impossível!
Isso porque até hoje, nenhuma outra voz conseguiu tocar minha alma como ela faz... não mesmo.
Bem, é isso.
Nesse momento, escuto Leoni, Lágrimas e Chuva, em dueto com Léo Jaime.
A versão tá bem legal...
melancólica no grau certo.
abril 12, 2007
Vida bôa ou o que?
HOJE chego ao trabalho de carro, trabalhei até tarde ontem fazendo compras pra um evento que rolará sábado, sim eu vou trabalhar sábado... por isso, deixaram o carro da empresa comigo essa semana, pois além de socióloga do projeto, virei promoter e motorista além de produtora... rs (o que amigo amado e companheiro de evento que o diga)
Enfim, voltando, chego no trabalho e eis que vejo, uma miragem: cadeiras de shiatsu espalhadas pelo pátio... ai meu deus, pensei na hora
uma euforia me contagiou, trepei na cadeira imediatamente e depois de um longo dia de trabalho deu pra ver que foi o ponto alto do dia: 15 minutos de massagem relaxante.
Amei!
ME deu uma vontade enorme de sair correndo e adentrar o espaço terapeutico que eu faço massagem de vez enquando... só assim mesmo pra dar uma acalmada nos ânimos...
Enfim, voltando, chego no trabalho e eis que vejo, uma miragem: cadeiras de shiatsu espalhadas pelo pátio... ai meu deus, pensei na hora
uma euforia me contagiou, trepei na cadeira imediatamente e depois de um longo dia de trabalho deu pra ver que foi o ponto alto do dia: 15 minutos de massagem relaxante.
Amei!
ME deu uma vontade enorme de sair correndo e adentrar o espaço terapeutico que eu faço massagem de vez enquando... só assim mesmo pra dar uma acalmada nos ânimos...
abril 11, 2007
Notícia de última hora!
Acabei de ver na Folha On Line:
"Prefeitura veta marcha de evangélicos, mas libera parada gay na Paulista"
"Prefeitura veta marcha de evangélicos, mas libera parada gay na Paulista"
É ou não é incrível?
Gentileza já!
Uma das coisas que mais admiro em um pessoa é a gentileza;
Tô pensando seriamente me lançar uma nova campanha: GENTILEZA JÁ!
Acho que uma característica que deveria ser ensinada, aprendida e exercitada diariamente!
Sinceramente, quando eu começo a me interessar por alguém, e eu estou falando principalmente do sexo oposto (apesar de achar que todos devam ser indepentende de gênero), eu reparo acima de tudo na gentileza.
Ser gentil é acima de tudo agradar de forma natural, e ter cuidado com o outro, é se preocupar com o bem-estar do próximo.
É ter palavras certas no momento adequado, é abrir a porta do carro, deixar a vez para quem está com pressa. Em dias de selvageria moderna ser gentil é um diferencial incrível. Ou então pagar a conta quando se está aliviado de grana... Já convidei muitos caras pra sair e paguei a conta, já dei presentes sem ser dia especial, enfim, agradar é uma das coisas mais lindas do mundo! E modéstia parte sei fazer isso com maestria!
Esse post foi pensando porque hoje pela manhã tava conversando com uma amiga queridíssima e fiquei extremamente irritada com o que ela me contou.
Ela relatou sobre uma saída com um bruto que depois, no final da noite, ele (babaca sem tamanho) nem a levou na porta de casa, o detalhe maior disso é que o tal palhaço morava perto da casa dela... um horror! Cúmulo da cavalice! Eu não confiaria minha boca e mto menos os meus sentimentos a um cara desses... no way!
Isso me fez lembrar de um fato que me ocorreu tempos atrás...
Uma vez também, um sujeito me chamou para ir à praia, daí eu havia comentado com ele que estaria sem carro, meu pai estaria com o automóvel, daí o bruto me fala com todas as letras “então eu te vejo lá na praia”
Mas a tal praia que ele queria ir era longe e eu teria que andar mto! No SOL!!!!!!
Quem me conhece sabe o sofrimento que é pra mim andar no Sol!
Eu logo repliquei “com assim? Você não vir me pegar? Eu acabei de dizer que estou à pé”
OU seja, ele não achou nada demais eu pegar um ônibus, mas puxa, quem anda é o carro, qual o mal dele me buscar? Eu faria o mesmo por ele...
Pois é, as pessoas estão desacostumadas em fazer gentilezas, em agradar sem interesse, ou pelo menos sem um interesse imediato...
Na realidade, pessoas grosseiras me agridem profundamente.
Além dessas pessoas , as individualistas e egoístas merecem sofrimento eterno!
Já deu pra perceber que estou para poucos amigos hoje! Bagh!!!
Mas ainda sim, continuo gentil... porque é aquela máxima "GENTILEZA GERA GENTILEZA" e essa é uma verdade do profeta que acredito e aplico em minha vida.
GENTILEZA JÁ!!!!!!!!!!!
Tô pensando seriamente me lançar uma nova campanha: GENTILEZA JÁ!
Acho que uma característica que deveria ser ensinada, aprendida e exercitada diariamente!
Sinceramente, quando eu começo a me interessar por alguém, e eu estou falando principalmente do sexo oposto (apesar de achar que todos devam ser indepentende de gênero), eu reparo acima de tudo na gentileza.
Ser gentil é acima de tudo agradar de forma natural, e ter cuidado com o outro, é se preocupar com o bem-estar do próximo.
É ter palavras certas no momento adequado, é abrir a porta do carro, deixar a vez para quem está com pressa. Em dias de selvageria moderna ser gentil é um diferencial incrível. Ou então pagar a conta quando se está aliviado de grana... Já convidei muitos caras pra sair e paguei a conta, já dei presentes sem ser dia especial, enfim, agradar é uma das coisas mais lindas do mundo! E modéstia parte sei fazer isso com maestria!
Esse post foi pensando porque hoje pela manhã tava conversando com uma amiga queridíssima e fiquei extremamente irritada com o que ela me contou.
Ela relatou sobre uma saída com um bruto que depois, no final da noite, ele (babaca sem tamanho) nem a levou na porta de casa, o detalhe maior disso é que o tal palhaço morava perto da casa dela... um horror! Cúmulo da cavalice! Eu não confiaria minha boca e mto menos os meus sentimentos a um cara desses... no way!
Isso me fez lembrar de um fato que me ocorreu tempos atrás...
Uma vez também, um sujeito me chamou para ir à praia, daí eu havia comentado com ele que estaria sem carro, meu pai estaria com o automóvel, daí o bruto me fala com todas as letras “então eu te vejo lá na praia”
Mas a tal praia que ele queria ir era longe e eu teria que andar mto! No SOL!!!!!!
Quem me conhece sabe o sofrimento que é pra mim andar no Sol!
Eu logo repliquei “com assim? Você não vir me pegar? Eu acabei de dizer que estou à pé”
OU seja, ele não achou nada demais eu pegar um ônibus, mas puxa, quem anda é o carro, qual o mal dele me buscar? Eu faria o mesmo por ele...
Pois é, as pessoas estão desacostumadas em fazer gentilezas, em agradar sem interesse, ou pelo menos sem um interesse imediato...
Na realidade, pessoas grosseiras me agridem profundamente.
Além dessas pessoas , as individualistas e egoístas merecem sofrimento eterno!
Já deu pra perceber que estou para poucos amigos hoje! Bagh!!!
Mas ainda sim, continuo gentil... porque é aquela máxima "GENTILEZA GERA GENTILEZA" e essa é uma verdade do profeta que acredito e aplico em minha vida.
GENTILEZA JÁ!!!!!!!!!!!
abril 07, 2007
Xico Sá... sempre!
Copiando e colando. Sempre que vale à pena vou copiar e colar. Copiei e colei um texto do Xico Sá. Deliciosamente escrito, concordo com a idéia... odeio emails curtos e apressados, sinto falta de letra escrita, borrada, garranchos afins.
Ai vai:
PELA VOLTA DA CARTA DE AMOR -PARTE II DA CAMPANHA
A carta escrita à mão, com local de origem, data, saudações, motivos, despeço-me por aqui, papel fininho e pautado, pelos Correios, mr. Postman, como na música. Como canta o rei Roberto, escreva uma carta de amor, e diga alguma coisa por favor.
Pela volta da carta de amor, com selo carinhosamente lambido.
Chega de emails lacônicos e apressados. Debruce a munheca sobre o papiro e faça da tinta da caneta o seu próprio sangue.
Não temas a breguice, o romantismo, como já disse a pessoa do sr. Álvaro de Campos, todas cartas de amor são ridículas, e não seriam de amor se ridículas não fossem.
A carta, mesmo com todas as modernidades e invencionices, ainda é o melhor veículo para declarar-se, comunicar afinidades e iniciar um feitio de orações.
O que você está esperando, vá ali na esquina, compre um belo papel e envelopes, e se devote.
Se tiver alguma rusga, peça perdão por escrito, pois perdão por escrito vale como documento de cartório.
Se o namoro ainda não tiver começado, largue a mão dessas cantadas baratas e internéticas e atire a garrafa aos mares. Uma boa carta de amor é irresistível. Mas não vale copiar aqueles modelos que vêm nos livros. Sele o envelope com a língua, como nas antigas, lamba os selos, esse pré-beijo dos lábios do(a) futuro(a) amado(a).
O sr. Álvaro zumbe de novo aqui ao pé do ouvido: "As cartas de amor, se há amor, têm de ser ridículas”.
Às moças é consentido, além dos floreios e da caligrafia mais arrumadinha, a reprodução de um beijo, com batom bem vermelho, ao final, perto da assinatura.
Uma carta, até mesmo de amizade, deixa a gente comovido, como a que recebi outro dia de Fábio Victor, escriba e amigo do Recife que habita a velha e fria Londres.
Que os amigos,e não apenas os amantes, se correspondam, fazendo dos envelopes no fundo do baú as suas histórias de vida.
Pela volta da carta, que já é por si só uma maneira devota, um tempo que se tira, sem pressa, para dedicar-se a quem se gosta. Pela volta da carta, pois o que se diz numa carta é de outra natureza, é o bem-querer em tom solene.
O que você está esperando, meu amigo, minha amiga, largue esse cronista de lado e debruce-se sobre a escrivaninha. Uma mesa de bar ou de um café também são bons lugares para assentar as suas mal-traçadas linhas.
Um namoro, romance ou cacho somente à base de emails não se sustenta, mais parece uma troca de ofícios, “venho por meio desta”, uma troca de protocolos, mensagens comerciais. Um amor sem uma troca de cartas, nem que seja bem rápida, ainda não é amor... O que você está esperando? Vamos lá, amiga, papel, tinta e derramamento, faz favor!
Não há homem que não se comova com uma carta. Claro, você está certa, sempre haverá aquele medroso, aquele que se espanta com as palavras devotas... É, os fracos se encontram em todas as partes. Estes temem a própria vida, são frios, reconhecerás de longe. Estes não valem uma linha, não valem sequer um email ou pulso telefônico. Não tires o mundo por eles, uma carta nas mãos de um homem tem o poder de uma bela bomba amorosa.
Com o selo bem lambido, língua arrastada lentamente, com ritmo, isso, isso, lindo!!!
Ai vai:
PELA VOLTA DA CARTA DE AMOR -PARTE II DA CAMPANHA
A carta escrita à mão, com local de origem, data, saudações, motivos, despeço-me por aqui, papel fininho e pautado, pelos Correios, mr. Postman, como na música. Como canta o rei Roberto, escreva uma carta de amor, e diga alguma coisa por favor.
Pela volta da carta de amor, com selo carinhosamente lambido.
Chega de emails lacônicos e apressados. Debruce a munheca sobre o papiro e faça da tinta da caneta o seu próprio sangue.
Não temas a breguice, o romantismo, como já disse a pessoa do sr. Álvaro de Campos, todas cartas de amor são ridículas, e não seriam de amor se ridículas não fossem.
A carta, mesmo com todas as modernidades e invencionices, ainda é o melhor veículo para declarar-se, comunicar afinidades e iniciar um feitio de orações.
O que você está esperando, vá ali na esquina, compre um belo papel e envelopes, e se devote.
Se tiver alguma rusga, peça perdão por escrito, pois perdão por escrito vale como documento de cartório.
Se o namoro ainda não tiver começado, largue a mão dessas cantadas baratas e internéticas e atire a garrafa aos mares. Uma boa carta de amor é irresistível. Mas não vale copiar aqueles modelos que vêm nos livros. Sele o envelope com a língua, como nas antigas, lamba os selos, esse pré-beijo dos lábios do(a) futuro(a) amado(a).
O sr. Álvaro zumbe de novo aqui ao pé do ouvido: "As cartas de amor, se há amor, têm de ser ridículas”.
Às moças é consentido, além dos floreios e da caligrafia mais arrumadinha, a reprodução de um beijo, com batom bem vermelho, ao final, perto da assinatura.
Uma carta, até mesmo de amizade, deixa a gente comovido, como a que recebi outro dia de Fábio Victor, escriba e amigo do Recife que habita a velha e fria Londres.
Que os amigos,e não apenas os amantes, se correspondam, fazendo dos envelopes no fundo do baú as suas histórias de vida.
Pela volta da carta, que já é por si só uma maneira devota, um tempo que se tira, sem pressa, para dedicar-se a quem se gosta. Pela volta da carta, pois o que se diz numa carta é de outra natureza, é o bem-querer em tom solene.
O que você está esperando, meu amigo, minha amiga, largue esse cronista de lado e debruce-se sobre a escrivaninha. Uma mesa de bar ou de um café também são bons lugares para assentar as suas mal-traçadas linhas.
Um namoro, romance ou cacho somente à base de emails não se sustenta, mais parece uma troca de ofícios, “venho por meio desta”, uma troca de protocolos, mensagens comerciais. Um amor sem uma troca de cartas, nem que seja bem rápida, ainda não é amor... O que você está esperando? Vamos lá, amiga, papel, tinta e derramamento, faz favor!
Não há homem que não se comova com uma carta. Claro, você está certa, sempre haverá aquele medroso, aquele que se espanta com as palavras devotas... É, os fracos se encontram em todas as partes. Estes temem a própria vida, são frios, reconhecerás de longe. Estes não valem uma linha, não valem sequer um email ou pulso telefônico. Não tires o mundo por eles, uma carta nas mãos de um homem tem o poder de uma bela bomba amorosa.
Com o selo bem lambido, língua arrastada lentamente, com ritmo, isso, isso, lindo!!!
Homem testosterona
Em tempos de homens metrossexuais, esses dias entrei em contato com típicos homens-testosterona. Sim, eles ainda sobrevivem, já não posso garantir se são raros, mas era minha primeira entrada em um grupo até entao diferente pra mim.
Homens grandes e peludos, que pouco ligam para a barriga de chopp, fala alta e voz grossa, jogam conversa fora, típico assunto de homem-testosterona: rock, carne, mulher, moto e carro, piadas.
Não precisam contar vantagens, não é isso. Mas rola uma irmandade masculina, assim como a solidariedade feminina, os homens se unem em prol de seus gostos e afinidades. Ali é o momento de se sentirem vivos, é quando os caçadores deixam suas armas de lado e relaxam. Comentam sobre o solo de guitarra que ressoa do aparelho de som, fecham os olhos e tocam uma espécie de guitarra imaginária.
Fecham os olhos e lembram de algum fato (ou alguém) ligado aquela música específica, lembram dos shows que foram ou de quando aprenderam a tocar o acorde dificílimo.
Elogiam uns aos outros, "fulano manda bem na guitarra, porra" e por aí vai...
e as companheiras? namoradas, esposas e casinhos afins?
São meras agregadas, fazem o grupo delas, ficam em volta, bebem junto, posso até dizer que essas têm uma importância aparente, mas naquele momento é o tempo deles, elas são reles arroz de festa, acompanham.
Os homens até mostram certo carinho, chegam perto e demonstram algum afeto, mas nada de casal-pegação, ser pegajoso não é atitude de um homem-testosterona. no way!
As mulheres criam sua rede, conversam entre si, tentam encontrar afinidades, até porque começam a conviver umas com as outras não porque escolheram, mas porque foram levadas a isso. É melhor tentar encontrar afinidades e aproveitar aquele tempo da melhor forma possível...
Os seus companheiros que são amigos de longa data curtem demais os tais encontros, nada mais inteligente que fazer o mesmo. Ao longo dos encontros elas ficam mais unidas, acabam até se tornando confidentes, sabem quando os casais estão em crise, falam de suas intimidades como se fossem todas amigas de infância... acho que realmente uma amizade genuína pode até surgir dali.
Há uma certa interação entre o grupo de homens e mulheres, e dá pra perceber que não há um machismo aparente, as mulheres são valorizadas pelo grupo, percebi até certos olhares admiradores... os caras se preocupam em agradar suas mulheres, levam carne e deixam sempre o copo delas cheio. Não rola a relação de servidão por parte das mulheres bem característico de encontros de casais, essas acompanham e não servem, os homens-testosterona cuidam de tudo, da carne, da churrasqueira, da bebida, da música, do som.
Apesar de ser nova em tal grupo, me senti à vontade e permaneci com um pensamento etnográfico, um exercício de observação participante que hoje pra mim se tornou natural. Nada de poesia falada, nada de pseudo-intelectualidades, nada de teorias utópicas ou revoltas sem causa. A tônica do encontro é outra: Rock embalado por cerveja e gargalhadas.
Homens grandes e peludos, que pouco ligam para a barriga de chopp, fala alta e voz grossa, jogam conversa fora, típico assunto de homem-testosterona: rock, carne, mulher, moto e carro, piadas.
Não precisam contar vantagens, não é isso. Mas rola uma irmandade masculina, assim como a solidariedade feminina, os homens se unem em prol de seus gostos e afinidades. Ali é o momento de se sentirem vivos, é quando os caçadores deixam suas armas de lado e relaxam. Comentam sobre o solo de guitarra que ressoa do aparelho de som, fecham os olhos e tocam uma espécie de guitarra imaginária.
Fecham os olhos e lembram de algum fato (ou alguém) ligado aquela música específica, lembram dos shows que foram ou de quando aprenderam a tocar o acorde dificílimo.
Elogiam uns aos outros, "fulano manda bem na guitarra, porra" e por aí vai...
e as companheiras? namoradas, esposas e casinhos afins?
São meras agregadas, fazem o grupo delas, ficam em volta, bebem junto, posso até dizer que essas têm uma importância aparente, mas naquele momento é o tempo deles, elas são reles arroz de festa, acompanham.
Os homens até mostram certo carinho, chegam perto e demonstram algum afeto, mas nada de casal-pegação, ser pegajoso não é atitude de um homem-testosterona. no way!
As mulheres criam sua rede, conversam entre si, tentam encontrar afinidades, até porque começam a conviver umas com as outras não porque escolheram, mas porque foram levadas a isso. É melhor tentar encontrar afinidades e aproveitar aquele tempo da melhor forma possível...
Os seus companheiros que são amigos de longa data curtem demais os tais encontros, nada mais inteligente que fazer o mesmo. Ao longo dos encontros elas ficam mais unidas, acabam até se tornando confidentes, sabem quando os casais estão em crise, falam de suas intimidades como se fossem todas amigas de infância... acho que realmente uma amizade genuína pode até surgir dali.
Há uma certa interação entre o grupo de homens e mulheres, e dá pra perceber que não há um machismo aparente, as mulheres são valorizadas pelo grupo, percebi até certos olhares admiradores... os caras se preocupam em agradar suas mulheres, levam carne e deixam sempre o copo delas cheio. Não rola a relação de servidão por parte das mulheres bem característico de encontros de casais, essas acompanham e não servem, os homens-testosterona cuidam de tudo, da carne, da churrasqueira, da bebida, da música, do som.
Apesar de ser nova em tal grupo, me senti à vontade e permaneci com um pensamento etnográfico, um exercício de observação participante que hoje pra mim se tornou natural. Nada de poesia falada, nada de pseudo-intelectualidades, nada de teorias utópicas ou revoltas sem causa. A tônica do encontro é outra: Rock embalado por cerveja e gargalhadas.
abril 06, 2007
Se essa moda pega...
Como minha mui amiga Gigi e minha mais nova aquisição fraterna Arthur plagiei o grande mestre Senhor Lyra Delyra...
ai vai a pérola:
“numa coisa todo mundo é igual: todo mundo é diferente”.
e viva a diferença...prosaica, substancial, neurótica, enfadonha e necessária.
ai vai a pérola:
“numa coisa todo mundo é igual: todo mundo é diferente”.
e viva a diferença...prosaica, substancial, neurótica, enfadonha e necessária.
abril 05, 2007
Poesia cantada
Tenho baixado algumas preciosidades, uma delas de autoria de Nelson Cavaquinho, a Flor e o Espinho, me vi nela...
Poesia cantada da melhor qualidade, onde o compositor revela o erro de não estar preparado para viver um novo amor porque no fundo ele ainda não curou outras dores.
Ele sofre com suas mazelas mas se encanta com alguém, tem vontade de curar as feridas antigas com o frescor de um novo amor, mas não dá certo, então ele chega a conclusão que não pode se curar através de outro alguém, é inútil tentar.
Ele passa a ser espinho daquela Flor (o tal novo amor), termina tudo, machuca, magoa e se joga na lama. Tenta embriagar-se com o que há de pior dos mundos a fim de neutralizar uma dor latente na alma.
A lama ameniza mas não cura, é pura enganação, mas é emergencial.
A cura só com remédio e cada um tem o seu.
Outrora eu era a Flor, mas tenho mto medo de me transformar no Espinho de alguém. Ser consciente sobre o que sente e ter responsabilidade com o que a gente cativa no outro deve ser uma constante... difícil fazer, mas necessário e no mínimo digno.
A Flor E O Espinho
Composição: Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito, Alcides Caminha
Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu so errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua
Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu so errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua
É no espelho que eu vejo a minha magoa
A minha dor e os meus olhos rasos d'agua
Eu na sua vida já fui uma flor
Hoje sou espinho em seu amor
Eu so errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua
Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Que eu quero passar com a minha dor
Poesia cantada da melhor qualidade, onde o compositor revela o erro de não estar preparado para viver um novo amor porque no fundo ele ainda não curou outras dores.
Ele sofre com suas mazelas mas se encanta com alguém, tem vontade de curar as feridas antigas com o frescor de um novo amor, mas não dá certo, então ele chega a conclusão que não pode se curar através de outro alguém, é inútil tentar.
Ele passa a ser espinho daquela Flor (o tal novo amor), termina tudo, machuca, magoa e se joga na lama. Tenta embriagar-se com o que há de pior dos mundos a fim de neutralizar uma dor latente na alma.
A lama ameniza mas não cura, é pura enganação, mas é emergencial.
A cura só com remédio e cada um tem o seu.
Outrora eu era a Flor, mas tenho mto medo de me transformar no Espinho de alguém. Ser consciente sobre o que sente e ter responsabilidade com o que a gente cativa no outro deve ser uma constante... difícil fazer, mas necessário e no mínimo digno.
A Flor E O Espinho
Composição: Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito, Alcides Caminha
Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu so errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua
Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu so errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua
É no espelho que eu vejo a minha magoa
A minha dor e os meus olhos rasos d'agua
Eu na sua vida já fui uma flor
Hoje sou espinho em seu amor
Eu so errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua
Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Que eu quero passar com a minha dor
Frescura que dá resultado!
Impressões femininas após 2 semanas de uso continuado do Chronos 30+:
- A pele começa a clarear
- Aspecto de saúde
- O rosto encontra-se mais protegida pois o produto contém filtro solar
- No dia seguinte da noitada a gente não fica com cara de arrasada
- As olheiras diminuíram
- Pele mais firme, principalmente nas bochechas e em volta dos olhos
Detalhe: não pode deixar de passar nenhum dia, nem quando chega de madrugada mais pra lá do que pra cá. Beleza em primeiro lugar sempre, o tratamento deve ser levado a sério!
- A pele começa a clarear
- Aspecto de saúde
- O rosto encontra-se mais protegida pois o produto contém filtro solar
- No dia seguinte da noitada a gente não fica com cara de arrasada
- As olheiras diminuíram
- Pele mais firme, principalmente nas bochechas e em volta dos olhos
Detalhe: não pode deixar de passar nenhum dia, nem quando chega de madrugada mais pra lá do que pra cá. Beleza em primeiro lugar sempre, o tratamento deve ser levado a sério!
abril 02, 2007
RESULTADO DO BEIJAÇO
O Beijaço aconteceu e foi um sucesso. O ato público contra o preconceito e a discriminação deu no que falar, participantes do movimento gay compareceram, deram entrevistas fazendo com que o protesto tivesse um discurso político.
Várias pessoas estiveram lá, gays e simpatizantes, e deram seu grito contra a homofobia.
O Pierre, personagem principal desse movimento todo, esteve presente e saiu de lá com a sensação de ter sua alma lavada, o choro da semana passada deu lugar ao riso, e deixamos claro que quando a sociedade percebe que seus direitos foram agredidos ela simplesmente grita!
Gritamos contra a discriminação, levantamos bandeiras arco-íris colorida, e beijamos.
O beijo proibido da semana passada transformou-se em um beijaço coletivo na semana seguinte. Um rapaz foi expulso de um lugar público por transmitir um ato de carinho ao seu companheiro, queríamos ver agora como seria ter que expulsar mais de 70 pessoas que beijavam no mesmo lugar...
Não nos expulsaram.
E Beijamos.
No final, tudo acabou numa grande brincadeira, um samba começou a tocar, Clara Nunes por favor, Tristeza e pés no chão, todos voltaram a dançar e cantar, a alegria contagiou os outros freqüentadores do bar.
O dono do estabelecimento não foi, ele não iria dar as caras mesmo, mas mandou um representante, que estava tenso a olhos vistos, porém muito aberto ao diálogo, conversou com todos os responsáveis pelo evento, e eu era uma delas, entramos em acordo a favor da democracia e liberdade de expressão, deixamos tudo por conta de um (provável ou não) simples mal entendido...
Mas a tarefa foi cumprida, o meu amigo Pierre saiu de lá feliz e isso que era o mais importante, não aceitar as coisas como elas são é um princípio que deve ser cultivado, não aceitar que nossos direitos sejam agredidos ou manchados é uma forma de dizer que estamos atentos e somos cientes do que é certo e errado.
A ignorância não deve nos pertencer e muito menos condicionar nossos atos e crenças.Levantar bandeira pelo que se acredita é atitude para poucos, mas quando esses poucos acertam e defendem uma causa justa e pertinente para a sociedade, alcançando resultados esperados, mobilizando outros que contribuem cada um com sua forma própria, acaba por promover um sentimento de satisfação, uma verdadeira sensação de dever cumprido que não se iguala a nenhum outra emoção.
Desde já agradeço a contribuição de todos, os que se interessaram, os que perguntaram sobre o caso, os que estiveram presentes no Beijaço, os que se indignaram, os que leram e responderam o e-mail, e os que de alguma forma apoiaram o protesto, o Pierre, e a mim...
Que não nos calemos nunca, que sempre haja bandeiras para serem levantadas, e contem comigo para gritar alto por nossas causas (as suas e as minhas), porque ter atitude é necessário para justificar a nossa crença. Tem gente que acredita em muita coisa, eu prefiro acreditar nas pessoas.
Mais detalhes... veja na matéria do Mundo MiX:
http://mixbrasil.uol.com.br/mp/upload/noticia/6_72_58983.shtml
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