dezembro 30, 2006

Natal na Visão de Gabriel Gárcia Marquez

"Ninguém mais se lembra de Deus no Natal.

Há tanto barulho de cornetas e de fogos de artifício, tantas grinaldas de fogos coloridos, tantos inocentes perus degolados e tantas angústias de dinheiro para se ficar bem acima dos recursos reais de que dispomos, que a gente se pergunta se sobra algum tempo para alguém se dar conta de que uma bagunça dessas é para celebrar o aniversário de um menino que nasceu há dois mil anos em uma manjedoura miserável, a pouca distância de onde havia nascido, uns mil anos antes, o rei Davi.

Cerca de 954 milhões de cristãos – quase 1 bilhão deles, portanto – acreditam que esse menino era Deus encarnado, mas muitos o celebram como se na verdade não acreditassem nisso. Celebram, além disso, muitos milhões que nunca acreditaram, mas que gostam de festas e muitos outros que estariam dispostos a virar o mundo de ponta cabeça para que ninguém continuasse acreditando.

Seria interessante averiguar quantos deles acreditam também no fundo de sua alma queo Natal de agora é uma festa abominável e não se atrevem a dizê-lo por um preconceito que já não é religioso, mas social.O mais grave de tudo é o desastre cultural que estas festas de Natal pervertidas estão causando na América Latina.

Antes, quando tínhamos apenas costumes herdados da Espanha, os presépios domésticos eram prodígios de imaginação familiar. O menino Jesus era maior que o boi, as casinhas nas colinas eram maiores que a Virgem e ninguém se fixava em anacronismos: a paisagem de Belém era complementada com um trenzinho de arame, com um pato de pelúcia maior que um leão que nadava no espelho da sala ou com um guarda de trânsito que dirigia um rebanho de cordeiros em uma esquina de Jerusalém.

Por cima de tudo, se colocava uma estrela de papel dourado com uma lâmpada no centro e um raio de seda amarela que deveria indicar aos Reis Magos o caminho da salvação. O resultado era na realidade feio, mas se parecia conosco e claro que era melhor que tantos quadros primitivos mal copiados do alfandegário Rousseau.

A mistificação começou com o costume de que os brinquedos não fossem trazidos pelos Reis Magos – como acontece na Espanha, com toda razão –, mas pelo menino Jesus. As crianças dormíamos mais cedo para que os brinquedos nos chegassem logo e éramos felizes ouvindo as mentiras poéticas dos adultos. No entanto, eu não tinha mais do que cinco anos quando alguém na minha casa decidiu que já era hora de me revelar a verdade. Foi uma desilusão não apenas porque eu acreditava de verdade que era o menino Jesus que trazia os brinquedos, mas também porque teria gostado de continuar acreditando.

Além disso, por uma pura lógica de adulto, eu pensei então que os outros mistérios católicos eram inventados pelos pais para entreter aos filhos e fiquei no limbo. Naquele dia – como diziam os professores jesuítas na escola primária –, eu perdi a inocência, pois descobri que as crianças tampouco eram trazidas pelas cegonhas desde Paris, que é algo que eu ainda gostaria de continuar acreditandopara pensar mais no amor e menos na pílula.Tudo isso mudou nos últimos trinta anos, mediante uma operação comercial de proporções mundiais que é, ao mesmo tempo, uma devastadora agressão cultural.

O menino Jesus foi destronado pela Santa Claus dos gringos e dos ingleses, que é o mesmo Papai Noel dos franceses e aos que conhecemos de mais. Chegou-nos com o trenó levado por um alce e o saco carregado de brinquedos sob uma fantástica tempestade de neve. Na verdade, este usurpador com nariz de cervejeiro é simplesmente o bom São Nicolau, um santo de quem eu gosto muito e porque é do meu avô o coronel, mas que não tem nada a ver com o Natal e menos ainda com a véspera de Natal tropical da América Latina.

Segundo a lenda nórdica, São Nicolau reconstruiu e reviveu a vários estudantes que haviam sido esquartejados por um urso na neve e por isso era proclamado o patrono das crianças. Mas sua festa é celebrada em 6 de dezembro e não no dia 25. A lenda se tornou institucional nas províncias germânicas do Norte no final do século XVIII, junto à árvore dos brinquedos e a pouco mais de cem anos chegou à Grã-bretanha e à França. Em seguida, chegou aos EUA e estes mandaram a lenda para a América Latina, com toda uma cultura de contrabando: a neve artificial, as velas coloridas, o peru recheado e estes quinze dias de consumismo frenético a que muito poucos nos atrevemos a escapar.

No entanto, talvez o mais sinistro destes Natais de consumo seja a estética miserável que trouxeram com elas: esses cartões postais indigentes, essas cordinhas de luzes coloridas, esses sinos de vidro, essas coroas de flores penduradas nas portas, essas músicas de idiotas que são traduções mal feitas doinglês e tantas outras gloriosas asneiras para as quais nem sequer valia a pena ter sido inventada a eletricidade.Tudo isso em torno da festa mais espantosa do ano. Uma noite infernal em que as crianças não podem dormir com a casa cheia de bêbados que erram de porta buscando onde desaguar ou perseguindo a esposa de outro que acidentalmente teve a sorte de ficar dormido na sala.

Mentira: não é uma noite de paz e amor, mas o contrário. É a ocasião solene das pessoas de quem não gostamos. A oportunidade providencial de sair finalmente dos compromissos adiados porque indesejáveis: o convite ao pobre cego que ninguém convida, à prima Isabel que ficou viúva há quinze anos, à avó paralítica que ninguém se atreve a exibir. É a alegria por decreto, o carinho por piedade, o momento de dar presente porque nos dão presentes e de chorar em público sem dar explicações.

É a hora feliz de que os convidados bebam tudo o que sobrou do Natal anterior: o creme de menta, o licor de chocolate, o vinho passado. Não é raro, como aconteceu freqüentemente, que a festa acabe a tiros. Nem tampouco é raro que as crianças – vendo tantas coisas atrozes – terminem acreditando de verdade que o menino Jesus não nasceu em Belém, mas nos Estados Unidos."

*Publicado originalmente pelo jornal espanhol 'El Pais', em 24 de dezembro de 1980
Tradução: Emir Sader

dezembro 27, 2006

Desapontamento

Um dia comentaram comigo sobre a nova revista que estava sendo vendida, Piauí.
Fiquei curiosa, fui até o site, li algumas matérias e gostei, assinei a revista.

Demorou para chegar o primeiro volume, mas enfim chegou, encapada por um plástico, abri com satisfação e rapidez, estava louca para começar a ler logo...

No entanto, quando começo a ver as matérias, viro a primeira, segunda, terceira... quando dou de cara com um anúncio de página inteira. Uma propaganda que me desapontou, e que tirou parte do brilho da revista, era simplesmente uma propaganda de página inteira da ARACRUZ CELULOSE.

Na mesma hora olhei as outras páginas para ver se havia outro tipo de anúncio como aquele, mas graças a Deus não... (menos mal)

Será que o senhor Moreira Salles não sabe o que a Aracruz representa para centenas de famílias do Espírito Santo, sul da Bahia e norte de Minas? Será que ele não sabe a empresa desapropriou de forma desumana e agressiva milhares de hectares onde quilombolas e indígenas habitavam?

Será que ele nao sabe que a Aracruz utiliza agrotóxicos fortíssimos que possuem um componente denominado Tordon 2,4D, o agente-laranja, usado pelos Estados Unidos na guerra química contra o Vietnã. Na ocasião, foram despejados 35 milhões de litros do produto, cujos efeitos até hoje são sentidos pelos vietnamitas, que relacionam mutações genéticas na formação dos bebês ao contato com a substância. Pesquisadores vietnamitas afirmam que a relação das vítimas é de uma para cada mil habitantes.

Será que ele não sabe que o eucalipto suga o lençol freático????? e que precisa ser cultivado com cuidado?????

Será que ele não sabe que o lucro da empresa vai todo para o capital externo, e que a empresa é altamente mecanizada, portanto, não emprega quase nenhum mão-de-obra local???

que na realidade a empresa criou um Deserto Verde, um verdadeiro mar de eucaliptais, onde não cresce mais nada, onde não pode ser cultivado nenhum tipo de outra planta, hortaliça, ou seja lá o que for...

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Entre esses, tem outros tantos problemas... querendo se aprofundar...

podem ir no link abaixo, matéria Ponto de Vista da Revista do Terceiro Setor:

http://arruda.rits.org.br/notitia1/servlet/newstorm.notitia.apresentacao.ServletDeSecao?codigoDaSecao=11&dataDoJornal=1128720636000


Realmente, é uma desapontamento sem tamanho!


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dezembro 26, 2006

Jantar das mulheres

Em dezembro faz um ano que eu participo de um jantar só de mulheres.

Na realidade tudo começou quando uma amiga quebrou a perna numa viagem que ela fez, ela voltou, operou e recebeu a notícia que nem tão cedo teria a vida normal que costumava ter por um longo período, isso implicava em não poder mais dirigir, em andar sem ajuda, teria que usar cadeira de rodas, muletas, um perrengue daqueles!

Então, algumas mulheres se envolveram na recuperção dela (ela ficou 6 meses sem por uma das pernas no chão), éramos mulheres amigas, irmã, mãe, ex-sogra, primas... enfim, um batalhão de grandes mulheres que tinham um único objetivo: tornar a recuperação mais breve e prazerosa possível.

Esse exercício de solidariedade feminina foi celebrado com um convite em dezembro passado, época que a minha amiga pôs os pés no chão pela primeira vez, para irmos celebrar todas as mulheres envolvidas no caso. A anfitriã, mãezona de todas as horas, nos levou a uma churrascaria e o momento era de animação total!

Pois bem... todos os meses do ano tivemos o nosso dia reservado, o nosso jantar menstrural, o nosso jantar das mulheres, onde homem nenhum participa, onde temos o nosso momento para colocar todo o papo em dia... contas as novidades e falar dos homens.

A minha amiga desde aquele primeiro encontro já voltou a vida normal, anda por ai com toda independência possível, trabalha, dirige e faz ginástica... ela cresceu mto e aprendeu a dar valor às pequenas coisas do dia a dia, como por exemplo, poder sair por aí, sem lenço sem documento...

No decorrer do tempo vários assuntos entraram em pauta, depende dos acontecimentos do momento... separações, corações partidos, novos amores, demissões e contratações, e todas nós estamos lá, unidas por um sentimento de amor fraterno, de ajuda mútua, uma verdadeira rede de solidariedade feminina, faça chuva ou faça sol, nos unimos uma vez por mês para celebrar, porque somos mulheres admiráveis e sobretudo mulheres fortes!

dezembro 24, 2006

Idílico


"A quinze metros do arco-íris o Sol é cheiroso"

Manoel de Barros

Febre de Shopping

Ontem foi um daqueles dias agitados, saí de casa pela manhã e só voltei no meio da madrugada.
Entre encontro com amiga em Santa Teresa, almoço delicioso no Nova Capela, e chá da tarde na Beira-Mar com outras amigas, terminei a noite no cinema.

Foi um dia dedicado as amigas, todas mulheres, todas mto queridas... diversão garantida... gargalhadas soltas.

No fim da noite fomos eu e a Ju, ver uma comédia romântica que estréia esse fim de semana "O amor não tira férias", que cumpre o seu papel de diversão aliada a historinha de amor fofa, pegamos a última sessão, às 23:30h, pipocão mega em punho, mentos no bolso, e lá fomos nós encarar um shopping lotado e um cinema vazio... era o paraíso!

E o que era o Jude Law???? (para os leigos, aquele ator que fez Closer, e O talentoso Ripley)

Não sou do tipo de ficar babando por atores, mas PUTZ... o cara é um colírio!

Depois do filminho água com açúcar...

O filme terminou por volta das 2h da manhã, e resolvemos encarar a febre de shopping, (quando o shopping fica a madrugada inteira aberta), eu não tinha nada para comprar, mas resolvemos entrar nas Lojas Americanas, e não nos arrependemos, tinha tanto DVD bom por 9,90, que fiz a festa, e para completar, nós duas compramos um cd do Fábio Jr ( que estou ouvindo nesse exato momento enquanto escrevo esse post)...

Juro, comprei um dos cds mais cafonas da minha vida, Fábio Jr... pois, eu e a Ju (e talvez mais algumas amigas) resolvemos ir ao show do cara no início de fevereiro, vamos la ver qual é, rs...

Eu já disse para elas que isso é sinal de velhice, que estamos perdendo a noção, mas e daí? Quem não tem uma recaída de vez enquando e gosta de uma ou duas músicas bregas na vida? Heim?

Pois bem, estou adorando o cd... as músicas são românticas, melosas, falam de amores mal resolvidos, amores destruídos, amores platônicos... ou seja, tudo o que eu preciso ouvir!

hehehehehehe!

Que papai Noel me dê muitos presentes, que eu continue tendo sucesso profissional, que eu consiga defender a dissertação de mestrado, que eu continue fazendo e mantendo os muitos amigos, e que ele me mantenha longe dos relacionamentos-roubada... pq desses, meu saco já está cheio! hahahaha!

Feliz Natal para todos!

dezembro 22, 2006

Quero que todos os dias sejam como hoje!

Já é 1:45h da manhã e meu dia ainda não terminou, escrevo esse post na esperança do sono chegar logo e finalmente dormir para amanhã começar tudo outra vez...

Hoje foi um dia de trabalho normal, primeiro dia, mil apresentações, arrumo a minha nova mesa, mexo no computador que foi reservado para mim, dia de festa, uma colega de trabalho está com 9 meses de gravizes e armaram uma festa, corro até a loja de bebê mais próxima para comprar um agrado.

Ando pelo centro de São Gonçalo na intensão de fazer uma análise do novo local de trabalho, aonde tem banco, aonde tem farmácia, aonde tem restaurantes para almoçar... tudo é mto novo. Uma colega de trabalho me auxilia, estamos curiosas para conhecer uma a outra.

Fim de expediente, festa de chá de bebê, brincadeiras, fotos, risadas.

Saio de lá correndo, fiquei de ir jantar e fazer uma visita a um casal de amigos no Cosme Velho, convite petit comité... compareço com 1h de atraso e sou perdoada. Me recebem de braços abertos, comida farta na mesa e coca light e sorvete no congelador, eles realmente sabem do meu gosto. Me sinto acarinhada.

Conto sobre meu dia, sobre como está tudo indo bem, comemos comida genuinamente alemã, mostarda francesa, e aquele templo barroco me abraça como se eu pertencesse aquele espaço.
Conheço os filhotes da Poly, uma cadela mimada e que gosta de mulheres que usam perfumes franceses (eu sou uma delas, rs) e mimo os rebentos, ajudo a dar a papinha na boca, curto o momento tia, e como é bom se sentir tia... tia dos filhotes da Poly. rs...

Volto pra casa, finalmente vou descansar... lêdo engano, pego o celular, várias ligações não atendidas e uma delas de uma amiga socióloga, parceira de muitos bons e maus momentos, já era tarde para retornar.

Ligo amanhã, pensei...

Venho cantando sozinha no carro, Zé Ramalho, Maria Rita e Zeca Baleiro me fazem companhia, chego em Niterói, estou em casa.
Mas sei que tem mais de 50 emails esperam por mim no computador, ligo, faço login, abro minha caixa postal, está lá, um recado da tal amiga socióloga parceira de todas as horas, fomos aceitas num Congresso em Floripa, nosso resumo foi escolhido e iremos apresentar nossos papers no mesmo Grupo de Trabalho, já que nosso tema é o mesmo.

Dou um grito! Uhuuuuuu!

Nem acredito...Finalmente... Notícia excelente para fechar um dia tão especial.

Agora é esperar o aceite de um outro congresso, dessa vez em Recife. Será que o Maracatu me aguarda?

Tomara!

dezembro 20, 2006

O ex vai casar! viva!

Hoje deu uma vontade de ter notícias do meu ex-namorado. Pensei, ponderei... até que liguei pra ele. No começo aquela surpresa, ele não acreditava que eu tivesse ligado e eu todo cheia de novidades para contar...

Primeiro aquela chamada de atenção e puxada de orelha, afinal de contas ele tinha sumido e eu estava sem notícias dele faz um tempo... mas logo depois que a surpresa acabou me entreti com a voz que me era tao conhecida e familiar.

Comecei falando de mim, do trabalho novo, das novas perspectivas e tal, e ele me deu notícias lindas, que vai casar, que comprou apartamento, que a noiva que é de fora do estado dele (SP) já encontrou trabalho por lá... ou seja, tudo acertado e sacramentado, ele era só felicidade e eu também.

E começamos a analisar tudo que passou, as mudanças que sofremos e vimos que aprendemos mto mais do que pensávamos com o nosso relacionamento. Fomos o divisor de águas na vida um do outro, ensinamos e aprendemos juntos, e hoje colhemos os frutos.

Deixamos claro que nos amamos de uma forma outra, não mais como homem e mulher, não mais como amantes ou namorados e sim de uma forma pueril e ingênua, onde as picuínhas de ex-namorados não nos cabem, não fazem mais parte da nossa essência...

Isso devido a forma como nos respeitamos, como entendemos e fomos leais durante todo o relacionamento e muito mais quando terminamos. Porque para que dois namorados permaneçam amigos depois do término é necessária uma força descomunal, pq a mágoa, a traição, e o sentimento de rejeição são constantes e podem acabar com a amizade que restou de uma forma brusca e irreparável.

Mas ele, esse determinado ex, é o tipo de pessoa que parece estar acima do bem e do mal, e feliz é a mulher que o ama como ele merece, pq ele, com certeza a ama mais que tudo, de uma forma que todas as mulheres devem ser amadas um dia, e que todos os homens devem aprender a amar.

Que a felicidade reine, prospere e frutifique! SEMPRE!

Te amo!

dezembro 19, 2006

Banho de Mar

Hoje está sendo um daqueles dias perfeitos, encontro uma amiga logo pela manhã e vamos a praia. Só nós duas.
Ela recém-chegada do exterior, onde passou o último mês está sedenta por Sol, Mar, e companhia das amigas, e eu apesar de não ter saído da cidade, estou com a mesma sensação... saudades da vida.

Nada mais reconfortante que chegar na areia quente, sentar debaixo do Sol, aquela brisa fria batendo no rosto e conversa o dia inteiro com alguém que realmente é importante para vc e tem muito a dizer.

Mergulhar naquela água salgada dá uma energia inexplicavel, é só vc, seu corpo e a natureza, um encontro bacana, que deixa a gente à vontade, me sinto integrada apesar dos litros de protetor solar no meu corpo.

Dou um mergulho, molho o cabelo, curto as ondas, é bom estar ali, é bom me sentir viva, em casa, curtir Niterói... calmo, terça-feira preguiçosa, Sol a pino... água gelada arrebatando o calor pra longe. 41 graus hoje. Onde? Nem vi!

À noite ainda promete, reunião de amigas na Paludo, fim de ano é isso, comemoração atrás de comemoração, sem falar que a semana está só começando e amanhã tem Lapa, quinta tem aniversário, e sexta... ah, sexta é sempre sexta... rs... dia de samba!

dezembro 18, 2006

Pensamentos...

Esses pensamentos não são meus, são de uma outra cabeça, mas as razões parecem ser as mesmas... dilemas femininos, problemas modernos...

Vai lá: Blog Solta no Mundo de Márica do Valle

http://www.soltanomundo.blogger.com.br/



"Não quero nada que seja mais pesado que um sopro, menos imediato do que um beijo, mais real que um duende, menos informal do que sandálias havaianas, mais duradouro do que o tempo que uma gota de chuva demora para cair no chão, menos livre do que um grão de areia sendo levado pelas ondas, mais enobrecedor do que um palavrão dito na hora errada, menos solto do que um solo de guitarra improvisado, mais planejado do que uma surpresa, nem menos gostoso do que acordar só depois que o sono acabou"

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"Se é para escolher, que seja pelo melhor. Pensar pequeno nunca foi minha especialidade. Quero mais é optar pela alternativa que tem mais chances de transformar meus sonhos em realidade e tornar a vida mais parecida com o que eu gostaria que fosse.

Se é para seguir em frente que seja na companhia de quem tem as idéias mais parecidas com as minhas, ainda que os outros rotulem essas idéias de utopias. Quero mais é sentir o tecido da vida com a ponta dos meus dedos, com a pele do meu rosto, com a sola dos meus pés e com a alma."

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Diferenças entre homens e mulheres

Ontem fui ao teatro, peça boa, companhia melhor ainda. Depois esticamos para um barzinho no Leblon, ali mesmo, perto do teatro... mas quanso fui ao banheiro pela segunda vez e entrei no banheiro masculino pq o feminino estava ocupado e eu estava pra lá de apertada, vi algo que me deixou um tanto pensativa.

Quando fui ao banheiro pela primeira vez vi um cartaz pedindo doações para um ONG que dava suporte a crianças na área educacional, na realidade me chamou atenção porque eu tinha estagiado na tal ONG, achei interessante, num banheiro feminino aquele cartaz emoldurado ali. Gostei. Chegando na mesa até fiz um comentário e falei um pouco da minha experiência naquela organização... pensei que os donos do estabelicimento deviam ser pessoas antenadas e politizadas, que ótimo, o mundo tem jeito, pensei.

No entanto, após um período encarei com toda cara de pau do mundo, o banheiro masculinho, estava eu lá, um banheiro mto menor que o outro, e reparo no cartaz, um poster da Stephane Brito, toda saliente, propaganda da revista VIP...

e no tal cartaz a mensagem "após ver esse anúnico, vc vai errar o alvo com certeza"

ou seja, ver o cartaz = pau fica duro = o xixi vai cair na tampa da privada... que coisa mais óbvia.

rs...

Não, os donos não são tão politizados, eles apenas colocam lá o que os seus clientes diferenciados pelo gênero se comovem... mulheres se comovem com ajuda, solidariedade e saem do banheiro pensando o melhor sobre o bar e seus donos (como eu na primeira vez), e os homens saem do seu banheiro achando a Stephane Brito uma das ninfetas mais gostosas do momento, sentem o pau ficar duro, e vão partir pra cima da paquera (que está na mesa esperando) com todo o poder de sedução que possuem. "Os donos desse bar sabem colocar um poster adequado", pensam.

É a vida, tudo separado, tudo segmentado, homem x mulher.

Diferentes expectativas, diferentes formas de lidar com o sentimento, com a dor. Enquanto a mulher se agarra no edredon na cama, cobre a cabeça com ele, deixa tudo escuro, sofre quietinha e quando fala a intenção é coloca pra fora a sua dor, os amigos ouvem e aconselham... "está tudo bem", nos dizem .
Os homens por sua vez caem na lama, se deixam seduzir pelas mulheres mais fáceis do universo, usam, mastigam, cospem. A dor é deles e está la dentro, nada de colocar pra fora, nada de transparecer... "eu sou forte e meu pau vai cuidar de mim"... E vão caminhando na vida, assim, tropeços atrás de tropeços, e o tempo se encarrega de curar, ou não. E os relacionamentos futuros pagam pelas feridas mal curadas do passado, ele até se apaixona novamente, mas os fantasmas e as dores estão lá em algum lugar que nem mesmo ele sabe onde guardou.

Não, mto melhor é ir atrás dos fantasmas, exterminá-los de uma vez só e colocar toda dor pra fora, agarrada ou não a um edredon, e se isso acontecer embalado a uma nova conquista melhor ainda, pq o extermínio passa a ser no mínimo mais divertido e prazeroso.

Então, deixo a lama para os fracos. Deixo a bebedeira e a anestesia para eles, meros homens fracos.

Passo.

Prefiro a arma. Prefiro o extermínio.

Alguém tem uma AR-15 ai? Rs...

dezembro 17, 2006

Para mim...

Sem Você
Arnaldo Antunes

pra onde eu vou agora livre mas sem você?
pra onde ir o que fazer como eu vou viver?
eu gosto de ficar só
mas gosto mais de você
eu gosto da luz do sol
mas chove sempre agora
sem você
sem você
sem você
sem você
às vezes acredito em mim mas às vezes não
às vezes tiro o meu destino da minha mão
talvez eu corte o cabelo
talvez eu fique feliz
talvez eu perca a cabeça
talvez esqueça e cresça
sem você
sem você
sem você
sem você
talvez precise de colchão, talvez baste o chão
talvez no vigésimo andar, talvez no porão
talvez eu mate o que fui
talvez imite o que sou
talvez eu tema o que vem
talvez te ame ainda
sem você
sem você
sem você
sem você

Porque quem é Rei...

... nunca perde a magestade


Queridos, depois de ter passados momentos memoráveis em frente a Tv ontem assistindo o Especial de Fim de Ano de Roberto Carlos, o post tinha que ser sobre ele, o Rei.

Estava eu na casa de uma amiga, momento pré-noitada, a novela acaba e o especial começa... Roberto inicia o show cantando Emoções, tudo muito azul, convidados globais na platéia (que inveja), orquestra afinada, "nossa realmente o ano está acabando" penso eu...

Começo a lembrar das dezenas de especiais que já assisti, eu odiava, achava a música chata e o cantor brega, mas há uns 6 anos, depois de passar por um término daqueles, onde a dor de cotovelo dava o ar de sua graça, ouvi um cd dado por uma amiga (que entendia muito bem das dores de amor) chamado As canções que você fez pra mim, um cd cantado por Bethânia que interpretava músicas do Rei.

Foi paixão a primeira ouvida. Daquele cd, passei a fuçar todos os cds da minha mãe (uma apreciadora desde os tempos da jovem guarda), e descobri o Roberto. Fui ouvindo e escolhendo minhas preferidas, algumas me lembravam o tempo de criança, quando minha mãe e meu pai eram embalados por aquela música, que temperavam os almoços de domingo, e minha mãe contava pra gente qual música tinha representado um momento específico do romance dela e do meu pai.

Roberto não me faz lembrar de nenhum amor específico, nenhum dor traumática, mas me faz lembrar sobretudo a história de amor dos meus pais e também a minha infância. Roberto Carlos era o som da minha casa. É a influência musical mais direta e forte que os meus pais exerceram na minha formação musical.

Eles não eram intelectualizados e curtiam bossa nova, nem Chico, nem Tom, na juventude não gostaram de Beatles, ou Rolling Stones, nem de rock algum, isso era coisa de classe média e como não sabiam inglês e a vida só permitia trabalho árduo de sol a sol, o tempo livre era para se perder com música que se entendia a letra (dizem eles).

Meus pais faziam parte de uma classe trabalhadora simples, moradores de subúrbio, que ouviam o samba de Beth Carvalho, assistiam Silvio Santos aos domingos e seus amores eram embalados pelas letras inconfundíveis de Roberto Carlos.

Recebi a herança de muito bom grado. E a proposta para ano que vem é vê-lo pessoalmente, quem sabe eu não consigo ir naquele cruzeiro e passo 3 dias embaladas pelas música de Vossa Magestade?

dezembro 15, 2006

A quem interessar possa...

Lendo o blog (Dentro da Noite Veloz) de uma amiga queridíssima, a Gigi, me deparo com a seguinte citação:

"Tu amarás outras mulheres
E tu me esquecerás!
É tão cruel, mas é a vida.
E no entretanto
Alguma coisa em ti pertence-me!
Em mim alguma coisa és tu.
O lado espiritual do nosso amor
Nos marcou para sempre.
Oh, vem em pensamento nos meus braços!
Que eu te afeiçoe e acaricie..."

(BANDEIRA, Manuel. A vigília de Hero. In: O Ritmo Dissoluto. Poesia Completa e Prosa. 2ª ed. Rio de Janeiro: José Aguilar, l967. p. 224.)
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Sem mais palavras, me recolho a pensar sobre o que acabo de ler,

É ... passou.

Como tantos outros chegaram e partiram

Sem menor ou maior importância.

Apenas foi.

E já não mais existe, só no pensamento, como bem disse Bandeira.

Oh sábio poeta!



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Fim de ano... o ano que não terminou

Vamos lá, tava demorando, mas nessa época é propícia, vamos ao tema:
FIM DE ANO.

Sempre rola aquela onda de pensar o ano seguinte, que sempre será melhor que o anterior, que teremos que passar por uma festa de Reveillon maravilhosa onde beberemos e comeremos muito como se fosse uma obrigação. Sim, somos obrigados a ser feliz na passagem,comer uvas, pular ondas, vestir branco, usar calcinha rosa ou vermelha pra chamar amor, usar qq peça amarela pra chamar dinheiro, temos que estar acompanhadas e arrumar alguém pra beijar na boca dia 31 de dezembro exatamente a meia-noite! Será que é supertição? rs...

São tantos deveres que isso me enlouquece. E se eu odiar usar branco? E se eu não tenho vontade de beijar ninguém? E se eu tiver enjoada dessa pressão toda? Vou acabar morrendo em 2007 ou ficar vou paraplégica tamanho o azar?

As pessoas enlouquecem nas ruas, compram o que podem e o que não podem pagar, se endividam, no shopping rola uma guerra velada, sacolas pra lá e pra cá nos batem e não podemos revidar, tudo em prol do espírito natalino e das festas de fim de ano.

Não gosto.

Definitivamente eu não gosto de Natais e festas de fim de ano. Não espero ganhar presente de ninguém, por isso nem me preocupo em comprar nada, não nessa época. Não vale o esforço, e eu não quero ir pra guerra do shopping, prefiro outras guerras, muito menos veladas e por isso mto mais desafiadoras.

As pessoas vivem me perguntando e eu acabo passando a diante: "o que vc vai fazer no fim de ano?" é realmente a pergunta que não quer calar, a pergunta da moda nessa época. Minha resposta preferida: "não sei"

e não sei mesmo.

Quero me libertar dessa espécie de paradigma, que tal passar o ano novo sossegada com poucos amigos, numa cidade pequena, comida gostosa, um banho de piscina durante a madrugada e só?

Sem clima de festa, sem clima de ter-que-ser-feliz-a-qualquer-custo. É tão bom ter a sensação de não-ter-que-fazer-nada-pra-ninguém, não tenho mais meus pais pegando no meu pé, namorado exigindo ficar com os amigos ou família (dele), não tenho filho, não tenho ninguém e ao mesmo tempo eu tenho todo mundo, nessa hora todo mundo vira uma possibilidade...

É otimo poder ganhar o mundo.

E sobre ser feliz... meus caros, eu prefiro ser feliz o ano todo, e não durantes algumas horas de diversão forçada.
Eu sou daquelas que tenho vocação pra ser feliz, já disse isso uma vez a alguém.

Sou daquelas que veio ao mundo a passeio, para me divertir mesmo, pq transformo qq trabalho em alegria, só faço o que eu gosto, e só trabalho naquilo que acredito. Daí, vira prazer. É fácil.

Que o ano que vem seja tão bom quanto o de 2006, 2005, 2004, etc. Tenho sido feliz ao longo desses anos todos talvez pq eu tenha sido fiel a mim mesma sempre, procuro buscar a felicidade nas pequenas coisas da vida, nas pequenas sensações e agora mesmo me sinto assim... super feliz, pq estou no meu quarto, incenso aceso, um cheiro de alecrim me invade , música rolando ao fundo, Cesária Evora, uma vontade enorme nasce de conhecer Cabo Verde, e eu posso, porque já dizia a máxima: "o céu é o limite"

E é!

Amém!

Paixões e Amores

Dia desses estava conversando com uma amiga e falávamos sobre a paixão.

O que é paixão? O que é apaixonar-se? Por que ela é tão necessária?

A paixão é o combustível da vida, é ela que dá graça pra tudo, o sal que tempera o cotidiano e nos torna mais felizes... trabalhamos melhor, estudamos melhor, nos sentimos mais belos, mais poderosos, mais tudo!

A questão toda é que a gente acaba usando essa paixão para o enfoque errado, a gente se habituou a colocar em cima do outro toda força motriz que a paixão nos concede... porque paixão é energia, e não deveríamos canalizar essa energia toda para alguém, para uma única pessoa, porque uma hora ou outra ela se perde, e o outro que recebe sente o peso dessa energia toda e realmente isso não é bom, pq depois que ela passa (porque a paixão é mutável, volúvel e volátil) e se vai, a energia que gastamos foi em vão já que nada foi construído.

O ideal é que gastemos essa paixão que temos dentro de nós em algo que nos trará frutos... ser uma apaixonada pelo trabalho, pelo tema que resolvemos estudar, ou por uma atividade física nos trará muito mais benefícios, fará com que a gente viva sempre colhendo frutos a partir dessa energia toda empregada.

Ou seja, o ideal é que a gente dispense energia em tarefas que dependam só da gente, porque entregar a nossa felicidade para o outro é suicídio, pq o outro pode pegar a sua felicidade (que está em suas mãos) e pode simplesmente jogar pra cima, ou então meio que sem querer, pode deixar escorrer e vc fica lá... assistindo tudo de longe, sem poder fazer nada.

Porque o outro pode fazer parte das suas paixões, mas não ser a única, não pode ter prioridade, essa deve ser exclusivamente nós mesmos. Nos tornamos únicos, nos tornamos solução para nós mesmos, uma peça fundamental para o contexto da nossa vida, devemos ser a personagem principal sempre, nada de papel coadjuvante para a história da nossa vida.

Não dá!

É muito melhor quando concentramos a nossa energia em algo que depois a gente consegue, seja um emprego, passar num concurso, emagrecer aqueles 3 kilos que estavam deixando a calça jeans apertada e te deixavam irritada... acaba rolando um gosto de vitória, de sucesso, e tudo graças a uma paixão.

dezembro 14, 2006

De bar em bar

Meus caros 6 leitores, quase não sobrevivo para contar mais uma história, mas ontem eu enfiei o pé na jaca... (essa expressão ficou tão batida depois da novela do Carlos Lombardi mas não encontro outra melhor que descreva minha situação, hehe)

O que acontece quando vc tem mtos amigos e eles ficam sabendo que vc está disponível????

Eles te ligam... e ligam mesmo, todos, ao mesmo tempo! rs...

Pois é, estou tendo que andar com agenda pra marcar compromissos com os amigos, e sou coagida por cada um deles a fazer o que eles querem... Sábado eu já tenho tantos convites para fazer programas diferentes com amigos diferentes que já nem sei como dar desculpas... uns querem ir a festa das ciências sociais, outros querem ir pro ensaio da Mangueira, outros querem ir ao samba de raiz na Lapa, outros querem ir a boate, outros querem ir ao show da Simone... enfim...

o que fazer???

Ontem foi um dia desses... na noite foram 5 bares diferentes em curto espaço de tempo.

Espírito do Chopp na Cobal com amigos do Iuperj, Lamas para comemorar aniversário de uma amiga queridíssima, depois Manuel e Joaquim com mulheres (e as orelhas dos homens devem ter caído no chão de tanto que coçaram, rs), 4º bar foi o Planalto do Chopp e por fim, a Sinuca da Lapa, onde matei 2 bolas seguidas e venci a partida depois de tomar 2 caipirinhas!!!!!!

Não, não cometi gafes e não passei vergonha que isso fique claro desde já!

Muitas risadas, muita alegria...

Realmente tenho amigos preciosos e muito interessantes, sem falar de animados... porque um dos assuntos em pauta em cada uma das mesas dos bares diferentes foi o que faríamos no fim de semana, e mais planos para o sábado rolaram...

Eis que impus uma condição, já que estão me querendo, eles que façam o que eu decidir fazer!

E isso não é pra quem quer, é pra quem pode.

E eu, meus caros, posso.

Até a festa Phunk galera! Vejo vcs lá!

dezembro 13, 2006

Amor a primeira vista???????

Era sexta-feira à tardinha, cheguei ao lugar acompanhada. Eles já se encontravam lá. Eram muitos e pareciam estar a minha espera.

Estavam tímidos, e eram bonitos, fiquei em dúvida em qual olhar primeiro, mas permaneci observando tudo de longe... eles se sentiam acoados com minha observação, até que não aguentei fui até eles.

E foi a melhor coisa que eu fiz. Me apaixonei logo de cara por um pretinho. Na minha mente estava a certeza maior: eu vou mudar a vida de quem eu escolher pra ficar comigo... e como essa decisão é importante, tanto para mim quanto para ele.

Eles eram tão inofensivos, tão pequenos... mas coloquei um no colo. Até que me disseram que não era ele, e sim ela. Fiquei pensando em como seria ter uma gata, nunca tinha tido antes, lá em casa do entrava gatos machos, coisas da minha mãe...

Mas gostei da idéia de ter uma gatinha pra cuidar. Uma companhia feminina sempre é bom, pensei na delicadeza do felino somada a fragilidade do gênero... ela seria minha extensão.

Meses depois...

a Chica tem hoje quase 5 meses, é uma criança ainda. E apesar de eu tê-la escolhido, chegando aqui em casa ela poderia ter se apegado a qualquer um, mas foi recíproco, ela me escolheu também.

Ela tem uma personalidade tranquila, dócil e independente, só faz o que quer, não curte o colo de todo mundo, só o meu.
Diferente do Tonho ( o que a minha mãe escolheu) que é mto simpático e parece um cachorro (balança o rabo pra todo mundo, rs), Chica tem personalidade e só agrada a mim... dormimos juntas, ela me acompanha quando vou tomar banho e sempre me enche de chamego quando estou quase dormindo, fica ronronando até eu enjoar, rs.

Parece que ela sacou que eu andava triste, e permanece de plantão no meu quarto o tempo todo, fica ao meu lado quando estou no computador, come o que eu como e se estou vendo TV, fica na frente pedindo atenção. Ela já sabe que eu sou mãe dela, e usa o meu coração mole para conseguir tudo o que quer, ela como todo bom filho, se aproveita dos meus sentimentos e eu a agrado e me escravizo com boa vontade. Ser mãe é padecer mesmo no paraíso, rs...

Agora mesmo, ela está aqui, não quer me deixar escrever, senta em cima do teclado e mia fininho, parece que me diz "sai daí e me dá atenção!"

Vou lá...

A Chica tá precisando de mim,

e eu dela.

dezembro 12, 2006

Limpando a casa

Tenho permanecido num momento de extrema reflexão... mal tenho fome, mal tenho vontade de olhar para fora da janela, estou num momento de olhar para dentro de casa, dentro de mim e organizar tudo.

Coisas velhas e mal resolvidas, frustrações, poeira que foi se juntando no canto da parede e muita teia de aranha no alto do teto que tem um pé direito bem alto. Estou pegando na vassoura, separando o balde com água e sabão e começando a limpas os vidros da janela. Eles estão opacos, sem quase transparência.

Quero limpá-los primeiro para que a claridade entre e assim eu veja com detalhes o que falta ser feito, móveis para serem consertados, tapete para bater e tirar a poeira presa nas tramas... O brilho do Sol vai fazer bem pra casa, me dará luz necessária para achar onde estão escondidos os insetos, as aranhas que produzem a tal teia do teto.

Não quero mais falsas limpezas, não quero mais arrumações disfarçadas, chega! Chega de poeira debaixo do tapete! Nada melhor que o novo, o limpo, quero preparar a casa não mais para um novo hóspede e sim para o dono dela.

E que ele ao entrar sinta o cheiro de lavanda, e se sinta à vontade, porque a casa é sua. Que ele aprecie o lençol trocado em cima da cama, alvo e macio. Que ele perceba que o sofá está com uma nova capa, os quadros foram trocados, e o bar contém a sua bebida favorita. E que ele encontre receptividade, e aprecie o girassol que enfeita a mesa.

Permanecer no mesmo endereço é importante, mas a reforma é essencial.

Meu primeiro dia de trabalho

Acabo de chegar do Claro Hall, festa da empresa, sou recém contratada e já cai na farra, dizem que eu tirei sorte grande, primeiro dia de trabalho e já começo logo indo a festa...

Sonho de qq mulher solteira: uma festa onde tem 70% de homens e apenas 30% de mulher, e a maioria delas é casada e mais velha...

Pra todo lado que se olha tem homem, vc vai no banheiro e no caminho escuta aquelas gracinhas bem características, nenhuma novidade... baghhhh!

A gente dança e tem que fazer contato visual com as amigas, pq se vc olha pra qq carinha ao lado ele já logo pensa que vc ta a fim dele, ai meu deus! socorro...

Quem fez o show foi o Celebrare, me acabei, amo os Hits anos 70, e todo vibraram mto, mas quem deu um show a parte foram os diretores e o presidente da empresa, que cairam na folia, me abraçram e me senti em casa. Eu só conheço as pessoas que me entrevistaram, umas 6 entrevistas ao todo, só conheço portanto o alto escalão da empresa, que foi a minha companhia de noitada.

Algumas investidas ocorreram, mas eu sou daquelas que reza a cartilha: Aonde se ganha o pão, não se come a carne.

E como mulher esperta que sou... não vou me gastar e me deixar envolver por qq mané, só pq é bonitinho e gostosinho... não sou dessas.

Voltei pra casa com um grupo de novos amigos, dei carona a todos e eles me brindaram com a companhia deles, viemos no carro falando de letras de música, poesia, contei sobre o show que assisti ontem e a poesia de Alvaro de Campos.

E me dei conta que já é Natal, a empresa que trabalho montou uma árvore gigante na praia, toda iluminada, linda mesmo, passei pela orla e parecia estar tudo em festa... luzes por toda parte.

E de repente, vi que eu tenho mta sorte, de poder apreciar a paisagem, de morar em Niterói e saber dar valor a pequenos momentos como esses, quando me pego olhando em volta e me sentindo feliz, simplesmente pelo fato de estar viva, poder ouvir a música que estava tocando na rádio, e ver todo o esplendor em luzes, ofuscando meus olhos e me deixando com esse sentimento terno.

É bom me sentir em casa outra vez.

dezembro 11, 2006

Dentro do Mar tem Rio


O que posso dizer???? Já são 5 da manhã e minha cabeça não pára de pensar no show que assisti na noite anterior... Show por mim muito esperado, ingresso comprado no setor VIP com dias de antecedência, para ver a minha Bethânia não poderia ser diferente.

Tá certo que sou deveras fã de Maria Bethânia, mas dessa vez... ela se superou (como sempre).

O tema central do show era o elemento ÁGUA

A cenografia de Bia Lessa, os músicos vestidos de branco, como se estivessem num barco, uma oferenda a Iemanjá, rainha do Mar... Bethânia cerca a temática em todos os sentidos.

No ínicio, antes das cortinas se abrirem, no telão passa uma campanha a favor da economia de água e uma homenagem aos ambientalistas carregam essa bandeira... As cortinas enfim se abrem, meu coração dá um aperto, as lágrimas vêm aos meus olhos (água...), ela surge, imperatriz, onipresente em todo o teatro... na parede do palco um céu azul intenso... o Mar refletido no céu.

Todas as músicas tinham esse componente... a ÁGUA.

As letras traziam mensagens de lágrimas de corações partidos, mar, cachoeira, chuva, tempestade, rio... um passeio pela cultura afro-candomblé era esperado e Bethânia com toda propriedade passeia pelos ritos, e dá uma liçao, homenageia as três rainhas:

Iemanjá - rainha do Mar

Iansã - senhora das tempestades
e
Oxum - rainha das águas doces

Canta cações de Vinícius... Tom Jobim... Fico estática. O público vai ao delírio.

Entra um intervalo. Os músicos permanecem tocando... aproveito para ir ao banheiro (tirar a água, rs)

Volto correndo. Pego o lenço que pedi ao meu amigo (também mto fã da diva) que levasse pois havia esquecido o meu em casa. Não usei maquiagem nos olhos, nem na boca, queria estar de cara limpa pra recebê-la, para vê-la, para encará-la pela primeira vez...

Bethânia entra vestida de Iemanjá... apenas vejo a divindade ali, serena, cantante, soberana, em cima do palco que parecia um barco, Bethânia era a oferenda para a rainha.

Até que ela canta uma música que fora sucesso da Dalva de Oliveira muitos anos atrás... "Atiraste uma pedra" recordações vem a minha mente na hora e mais lágrimas aos olhos. Meus e também nas dezenas de pessoas, a voz entrava e a mensagem só me deixava concordar com o balançar da cabeça. A minha água ficava no lenço emprestado. Ela acertou em cheio, no meu momento, aquela música era pra mim. Um presente.

Até que o momento mais incrível do show está por vir... Ela declama um poema. Todos fazem um silêncio sepulcral, ela fala do Brasil, dos problemas, sua voz fere igual a um canivete e sai cortando tudo, palavras, sentidos, gestos, uma interpretação firme como bem pedia o texto. Até que no final ela dá o nome Ultimatum, Alvaro de Campos, 1917.

Como um poema tão antigo pode ser tão atual???? O público foi ao delírio, um casal cochichava atrás de mim:

"Alvaro de Campos é pseudônimo de Fernando Pessoa"

Mas eu já sabia.




ULTIMATUM

Fora tu,
reles
esnobe
plebeu
E tu, imperialista das sucatas
Charlatão da sinceridade
E tu, qualquer outro
Ultimatum a todos eles
E a todos que sejam como eles
Todos

Monte de tijolos com pretensões a casa
Inútil luxo, megalomania triunfante
E tu, Brasil, blague de Pedro Álvares Cabral
Que nem te queria descobrir

Ultimatum a vós que confundis o humano com o popular
Que confundis tudo
Vós, anarquistas deveras sinceros
Socialistas a invocar a sua qualidade de trabalhador
Para quererem deixar de trabalhar
Sim, todos vós que representais o mundo
Homens altos
Passai por baixo do meu desprezo
Passai aristocratas de tanga de ouro
Frouxos
Passai radicais do pouco
Quem acredita neles?
Mandem isso tudo para casa
Descascar batatas simbólicas

Fechem-me tudo isso a chave
E deitem a chave fora
Sufoco de ter só isso a minha volta
Deixem-me respirar
Abram todas as janelas
Abram mais as janelas
Do que todas as janelas que há no mundo

Nenhuma idéia grande
Nenhuma corrente política
Que soe a uma idéia grão
E tu, Brasil...
O mundo quer a inteligência nova
O mundo tem sede de que se crie
Porque aí está o apodrecer da vida
Quando muito é estrume para o futuro
O que aí está não pode durar
Porque não é nada

Eu da raça dos navegadores
Afirmo que não pode durar
Eu da raça dos descobridores
Desprezo o que seja menos
Que descobrir um mundo novo

Proclamo isso bem alto
Braços erguidos
Fitando o Atlântico
E saudando abstractamente o infinito.

Alvaro de Campos, em, pasmem, 1917

dezembro 09, 2006

Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembrança

Quando vi esse filme tempos atrás não dei tanta importância. O filme falava sobre a dor de amor, e um novo sistema tinha sido inventado onde era apagado da memória do cliente (ou paciente) todas as lembranças referentes aquela pessoa que o fazia sofrer.

Queria que esse método existisse, queria ter uma mente sem lembrança.

Seria tão mais fácil...

pq cada lembrança, seja dos bons ou dos maus momentos machuca muito... é uma dor constante, um misto de saudade e decepção, dor e felicidade, enfim

Sentimentos misturados e confusos, e o tempo demora a passar... esse sim é a máquina (ou método) que sempre funciona, apagando da nossa mente as piores impressões, e deixa apenas uma sombra do que foi vivido, do que foi retratado, fica então na nossa lembrança uma espécie de colcha de retalhos.

Não vejo a hora desse meu momento ruim ser apenas mais um retalho, e assim poder lidar com a situação de uma forma mais distante, e por conseguinte muito mais amena (sem sofrimento)... poder voltar a ver o ex como um amigo em potencial pq ele tem o seu valor... que está esquecido por mim (momentaneamente) devido a dor da separação.

Passo os dias pensativa, a fome não chega, e quando vem um pontinha dela, enjoo da comida. Dá um embrulho no estômago, nada tem mais graça, nem o céu está mais azul!

A gente passa a viver flutuantes sentimentos, pequenos momentos de alegria, uma piada num programa de tv nos faz rir, ou então as histórias engraçadas dos amigos, mas a lembrança continua doendo, ela te relembra a todo instante que vc não está inteira, não está feliz.

E não adianta gritar pro mundo, pq nada ameniza, não faz diferença...

Acho que hoje vou alugar o filme, BRILHO ETERNO DE UMA MENTE SEM LEMBRANÇA.

dezembro 08, 2006

Comendo porra

Não, este não é um blog de putarias e sacanagens...

Mas eu ouvi essa história que aconteceu com uma amiga e pedi permissão para contar...

A minha amiga Flávia está em Madrid fazendo mestrado, naquele clima de início, ainda não conhece a cidade direito, está começando a fazer amigos, passa a maior parte do tempo na internet teclando com os amigos brasileiros enfim... naquele ar saudosista, melancólico, sempre em casa, até que surge a novidade que ela finalmente iria para a noitada quente da espanha...

Na tarde seguinte ela me conta como foi a noitada, disse que dançou com um cara super sensual, ficou com ele a noite toda, só na dança nada de beijo, adorou a boate, e disse que o pequeno grupo saiu de lá as 8h da manhã... (credo)

dai, quando já estavam fora da boate o tal amigo sensual pergunta : "E ai? Vc quer comer porra?"

Ela, em choque, olha pra um lado, olha pro outro, desconversa...

O carinha insiste chamando pra comer porra...

-"do que ele ta falando meu deus, que gente moderna" ela pensa.

Até que, sem perder a compostura ela diz: "em meu país, porra é esperma, é isso? do que vc está falando?" indaga.

Ele na hora fica vermelho, e responde que não era isso, que PORRA na Espanha é uma massa frita que se come molhando no chocolate, é uma comida típica do café da manhã...

Aí, quem fica com vergonha é a Flávia, que aceita prontamente o convite e se empanturra de tanto comer Porra.

Ela me garantiu que a Porra de lá é uma delícia, que é um churros gigantesco, comprido e muito grosso... totalmente fálico, será que tem alguma ligação com a nossa porra?

(parênteses)

Na realidade, porra é o nosso churros, que lá não é recheado, e se come molhando num chocolate quente, chamado de chocolate espesso. Isso eu aprendi numa aula de culinária via programas femininos de TV. Ana Maria Braga tb é cultura, rs...


Até que eu comeria uma porra agora, e vc? não?

dezembro 07, 2006

O dia D

Sabe quando vc tem certeza que o dia que vc está vivendo é o dia D????

Hoje eu tive esse intuição quando acordei e ela não falhou, não mesmo.

Hoje foi um dia daqueles que tudo dá certo, vc acorda, o cabelo tá no lugar, vc levanta no horário, o ônibus passa super rápido, não tem trânsito e vc chega no trabalho e tudo rende... resolvi mil coisas e ainda deu tempo de fazer as unhas na manicure "eu quero unhas vermelho- piranha por favor"

Mas o dia tava só começando...

Dia de encontrar o ex-bofe é um dia nublado, um dia cinzento, um dia que vc não quer viver, mas precisa, precisa enxergar logo, ou vai ou racha... ou é ou não é... e não foi. Ufa!

O tempo todo a minha covardia me mandava ir embora, fazer doce pra valorizar o passe, mas algo dentro de mim me forçava a ir em frente, eu tinha que ir, eu tinha que estar lá, vai ser só uma vez, mas tem que ser.

Vc na hora não entende, chora, tenta encontrar saída, mas não tem... um dia lendo a TPM que tinha como tema central a dor, a Nina Lemos escreveu sobre a dor da perda de um amor, que pra ela só é curada embaixo de um edredon vermelho (o dela), eu também tenho o meu edredon, apesar do calor infernal do rio... mas é um outro tipo de manta, de cobertor, de aconchego.

A dor forte cauteriza a dor constante, e apesar de arder mais, quando menos se espera pára, vai... foi (de quem mesmo estamos falando???? rs...)

É, meu edredon hoje não me falhou, busquei refúgio em vários colos, botei tudo pra fora , tudo que foi dito e tudo que foi ouvido, e eu não estava errada, realmente, todos os colos de plantão confirmaram: HOJE É O DIA D.

Ligações telefônicas e telepáticas, tete à tete, msn, google talk, tudo em prol da solidariedade feminina em busca de uma forma de amenizar a dor... a perda, o sentimento de constrangimento porque vc acreditou, pq vc estava lá, vc se doou, e o cara? bem... o cara... digamos, não era bem o que vc pensava.

E não é que dá certo???? Um dos meus edredons sacou da bolsa, um banho de descarrego, ela tinha comprado pra me dar no Natal, desejando um 2007 abençoado e próspero, mas ao conversar comigo e ver que o dia D tinha chegado, ela abriu a bolsa gigante e me disse:

"Querida, toma banho com isso, era pro Reveillon, mas seu ano começa agora, seu ano começou hoje, uns sais pra descarrego e outros pra energizar, vc tem que tirar o encosto, pq aquele era isso pra vc, uma trava, um encosto, um encostado" - o tal dia D mais uma vez.

Aqui estou eu, de banho de descarrego tomado, fotos cortadas, lixeira cheia, pq é assim mesmo, dezembro é o mês da limpeza e janeiro o mês da renovação... me sinto quentinha, acolhida, cheirosa e energizada por um conjunto de edredons macios e fraternos.

E amanhã será um novo dia.

dezembro 04, 2006

As festas de ontem, as festas de hoje...

Esse último domingo voltei a ser criança!

Aniversário do filhote de uma queridíssima amiga numa dessas casas de festas maravilhosa... piscinas de bolas, trenzinho flutuante, brinquedos que rodam, giram, sobem, descem, e lá estava eu e mais uma dezena de adultos voltando a seus saudosos 5 ou 6 anos de idade...

Ouvi Xuxa, brincamos com perucas, com o Xuxucão, dançamos samba, comemos docinhos e chupamos picolé depois do almoço...

Me vi sentada num nesses brinquedos giratórios com dois picolés, um em cada mão, enquanto um rapaz todo simpático colocava em mim o cinto de segurança alcochoado... começava a girar, subia e descia, mas a preocupação da calcinha aparecer não saía da cabeça!

(tá certo que eu voltei no tempo, mas me tornar uma adulta insana e pagar calcinha em aniversário de criança não condizia mesmo com minha idade)

Depois de tanto rodar, enfim cansei, claro que mto antes de todas as outras crianças, senti o peso da idade... (credo!!!!)

...fui sentar e fiquei conversando com o povo adulto (daqueles que não voltaram no tempo e parmaneceram sentadinhos arrumadinhos nas mesas) e danei a divagar...

É razoavel que eu tenha tido aquela vontade incontrolável de andar naqueles brinquedos todos iliminados e coloridos, porque simplesmente na minha época nao tinha! A gente tinha que se contentar com bolas, bolos de glacê enfeitados com frutas (lembro que era um estress pra minha mãe do glacê derreter, uma vez que faço aniversário em janeiro, e é sempre um calorão)

Contetávamos com dança da cadeira, dança da vassoura, dança da laranja e algumas brincadeiras a gente aprendia vendo o show da Xuxa, e assim mesmo os primos mais velhos é que viravam os animadores da festa, bem diferentes dos de agora...

O mágico que tinha na época era um só, Carequinha. (que já morreu)

(Isso é um sinal da velhice, os nossos heróis estão morrendo, haja vista os Trapalhões, só restam 2)

E se quiséssemos uma mega festa, eram feitas em clubes, nada de casas coloridas, salões incrementados, surpresas e presentes divertidos no final da festa...

Não tínhamos tantos heróis, tantos desenhos e nem Discovery Kids, mas a fantasia rolava solta com o Playmobil, com a casinha da Barbie, e a Turma da Mônica. Os nomes eram mais simples, em português mesmo, os nossos pais sabiam pronunciar e entender as histórias.

(coisa que não acontece hoje em dia)

( o tal aniversário maravilhoso era do Power Rangers, eram dezenas deles, e eu olhando aqueles bonecos todos, sé me lembrava do Jaspion)

... SAUDADES DO JASPION... Aiiiiii

Saí de lá com um sentimento de nostalgia, com saudades de frequentar aquelas festas que não vou frequentar, espero que o Felipe demore bastante pra crescer, assim vou aproveitando e a Tia doida dele aqui vai curtindo de montão esses aniversários inesquecíveis...

Um viva pro Felipe!